Ribeirão Preto, Domingo, 2 de agosto de 1998

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Mototáxi já chega a 4.000 na cidade

da Reportagem Local

O número de mototaxistas de Ribeirão Preto aumentou de 1.000 para 4.000 em cerca de seis meses, segundo agências de mototáxis.
O "boom", de acordo com entidades que representam mototaxistas, ocorreu devido à falta de uma legislação específica e ao desemprego crescente na cidade.
"As grandes agências transportam hoje três vezes menos passageiros que há um ano, quando surgiram as primeiras empresas de mototáxi", afirma Luzia de Paula Ribeiro Mendes, diretora da ASA (Associação das Agências de Mototáxi de Ribeirão Preto).
Metade dos motoqueiros é free-lance em Ribeirão Preto -migram de cidades da região ou são desempregados-, segundo Fernando Antônio Cavallari, diretor do Sindicato dos Condutores de Veículos de Duas Rodas.
Ele afirma que esse tipo de mototáxi cobra menos porque está fazendo "bico". "Isso prejudica as demais empresas", diz Cavallari.
No início de julho, empresas de mototáxi chegaram a se reunir com o prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) para cobrar a regulamentação da atividade.
Jábali prometeu enviar o projeto de lei para a Câmara no início de agosto, quando os vereadores retomam as sessões.
Segundo o pré-estudo feito pelas entidades de mototáxi, o número de motoqueiros será reduzido pela metade após a aprovação da lei.
"Não acreditamos que isso irá dividir a categoria", diz José Motta Gonçalves, 34, membro da comissão que discute a legalização e presidente da Amigos para Sempre.
As três entidades que representam a categoria são unânimes quanto aos riscos da ilegalidade. "Hoje, da forma como está, qualquer pessoa sai montando empresa de mototáxi", diz Gonçalves.
Empresários da área afirmam que pretendem criar regras de segurança para melhorar o atendimento desse serviço.



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