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Para economista, dependência de um setor gera desequilíbrio
da Folha Ribeirão
A dependência da prestação de
serviços pode criar problemas para a economia de Ribeirão Preto,
segundo Rudinei Toneto, professor da USP.
Para ele, enquanto a cidade continuar atraindo renda de outros
municípios, não deve encontrar
problemas.
Mas a possibilidade do desenvolvimento de um setor próprio
de serviços em outras cidades pode desequilibrar a economia.
"Ribeirão deveria ter uma base
produtiva mais forte para garantir um nível de renda alto", diz.
O professor afirma que, do mesmo modo que São Carlos atrai
empresas por ser um pólo de engenharia, Ribeirão deveria aproveitar a tradição nas pesquisas da
área de saúde. "A cidade tem potencial para receber empresas farmacêuticas e de equipamentos
hospitalares, por exemplo."
Para ele, a instalação da Volkswagen em São Carlos era natural,
se for considerado que a empresa
está em um eixo dos setores de
metalurgia e mecânica. "Com isso, poderíamos concluir que os
incentivos para que a empresa se
instalasse na cidade foram excessivos."
O prefeito de São Carlos, Dagnone de Melo, considera mais
vantajosa a instalação de várias
empresas médias do que uma
única do porte da Volks.
"É claro que há lados positivos e
um deles é o marketing. As outras
empresas acreditam que, se a
Volks está, é porque há uma boa
estrutura na cidade."
O secretário do Desenvolvimento Econômico de Araraquara, Feiz Mattar, também diz valorizar mais a atração de empresas
menores.
Neste mês, ele anunciou a inauguração de 14 empresas de pequeno porte. "Desde 97, já foram
abertos na cidade 2.243 estabelecimentos. Em 80 deles, já foram
gerados 10 mil empregos."
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