Ribeirão Preto, Segunda, 2 de agosto de 1999

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Para economista, dependência de um setor gera desequilíbrio

da Folha Ribeirão

A dependência da prestação de serviços pode criar problemas para a economia de Ribeirão Preto, segundo Rudinei Toneto, professor da USP.
Para ele, enquanto a cidade continuar atraindo renda de outros municípios, não deve encontrar problemas.
Mas a possibilidade do desenvolvimento de um setor próprio de serviços em outras cidades pode desequilibrar a economia.
"Ribeirão deveria ter uma base produtiva mais forte para garantir um nível de renda alto", diz.
O professor afirma que, do mesmo modo que São Carlos atrai empresas por ser um pólo de engenharia, Ribeirão deveria aproveitar a tradição nas pesquisas da área de saúde. "A cidade tem potencial para receber empresas farmacêuticas e de equipamentos hospitalares, por exemplo."
Para ele, a instalação da Volkswagen em São Carlos era natural, se for considerado que a empresa está em um eixo dos setores de metalurgia e mecânica. "Com isso, poderíamos concluir que os incentivos para que a empresa se instalasse na cidade foram excessivos."
O prefeito de São Carlos, Dagnone de Melo, considera mais vantajosa a instalação de várias empresas médias do que uma única do porte da Volks.
"É claro que há lados positivos e um deles é o marketing. As outras empresas acreditam que, se a Volks está, é porque há uma boa estrutura na cidade."
O secretário do Desenvolvimento Econômico de Araraquara, Feiz Mattar, também diz valorizar mais a atração de empresas menores.
Neste mês, ele anunciou a inauguração de 14 empresas de pequeno porte. "Desde 97, já foram abertos na cidade 2.243 estabelecimentos. Em 80 deles, já foram gerados 10 mil empregos."



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