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Mais "baixa", região também abriga rota de cachoeiras
Cidades reúnem ao menos 131 quedas d'água; uma das maiores tem 84 metros
Alguns dos locais são desconhecidos; a maioria das cachoeiras está em propriedades privadas, e donos proíbem o acesso
JULIANA COISSI
ENVIADA A CÁSSIA DOS COQUEIROS E
ITUVERAVA
Mesmo longe de estar em
áreas montanhosas ou com topografia favorecida como a vizinha Brotas, algumas cidades
da região de Ribeirão Preto
possuem cachoeiras para praticantes de rapel ou apenas apreciadores da natureza.
Segundo a Aturp (Associação
do Turismo Rural de Ribeirão
Preto), alguns locais, porém,
não possuem infraestrutura ou
são desconhecidos do público.
Outro impedimento é que a
maioria das cachoeiras está em
propriedades privadas, e donos
proíbem o acesso.
A Secretaria de Estado do
Turismo não possui estimativa
de cachoeiras no Estado. Mas
há pelo menos 131 dessas quedas d'águas na região, principalmente em Cássia dos Coqueiros, Altinópolis, Cajuru,
Buritizal, Pedregulho, Batatais,
Ituverava e Sales Oliveira.
A maior parte tem entre 5 e
10 metros, mas há exceções. Tida como uma das maiores da
região, a cachoeira do Itambé,
em Cássia dos Coqueiros, possui 84 m de altura.
A origem do nome segue sua
imponência: pedra grande, em
tupi guarani. É que a queda d'água se rompe de um paredão de
pedra, com Mata Atlântica embaixo, onde ainda se vê animais
como onças e capivaras. Ao lado, forma-se outra cachoeira, a
Itambezinho, de 68 m.
Nos dias mais movimentados, como sábados e domingos,
a fazenda chega a receber de
300 a 400 pessoas, a uma taxa
de R$ 5 per capita. Frequentador de cachoeiras no sul de Minas Gerais, o gerente administrativo Gabriel Martini, 21, se
mostrou surpreso ao conhecer
a Itambé, levado por amigos.
"No Estado de São Paulo, é a
primeira que vejo dessa altura,
muito bonita", disse.
Em Cássia, existem cerca de
20 quedas d'água. Uma delas, a
cachoeira do Rio Cubatão, localiza-se dentro da cidade, com
uma queda de 8 m.
A vizinha Cajuru concentra o
maior número de cachoeiras na
região: são 70, mas s[o uma está
aberta ao público. A maioria está em propriedades privadas.
Um caso de desrespeito ocorreu com a Cachoeira do Mangue, de 8 m. O local foi fechado
pelo Ministério Público Estadual por degradação. "Havia
garrafas e latas no fundo da
água, a mata na margem está
deteriorada. O dono colocou tapume para fechar, mas há
quem desrespeite", disse a diretora de Turismo e Patrimônio,
Maria do Carmo Arena.
A única possível de ser visitada é a Cachoeira da Serra, de 15
m. Há uma trilha e, em 2009,
foi aberta uma área de camping. Foi criado ainda um restaurante com comida caseira.
Em Altinópolis, do complexo
de 35 cachoeiras, todas em terras privadas, só quatro estão
abertas à visitação. A mais alta é
a Cachoeira do Esmeril, de 72
m, dentro de uma usina da
CPFL Paulista. Uma das mais
visitadas é a Cachoeira do Vale
do Itambé, de 60 m.
Em Buritizal, existem quatro
cachoeiras, mas só a mais alta, a
Véu das Noivas, de 70 m, pode
ser visitada, com trilha e área
de camping próximas. Em Batatais, a cachoeira dos Batatais,
de 8 m, é administrada pelo
município.
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