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Educação eleva o custo de vida em fevereiro em Ribeirão
Mensalidades escolares são apontadas como as principais responsáveis pela alta
Aumento dos preços do setor foi de 3,68% no mês passado; sindicato de escolas diz que reajuste é diluído ao longo do ano
JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Os gastos com educação em
fevereiro impulsionaram o custo de vida em Ribeirão Preto. A
alta em relação a janeiro foi de
3,68%, a maior entre todos os
segmentos que compõem o
ICV (Índice do Custo de Vida),
aferido pelo Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
O ICV geral foi de 0,47% -no
mesmo mês do ano passado, o
índice foi zero. A educação, que
tem peso de 11% no índice,
apresentou crescimento por
causa do reajuste das mensalidades, segundo Antônio Vicente Golfeto, diretor do instituto.
Com dois filhos matriculados
em um colégio particular de Ribeirão Preto, o representante
Marco Aurélio Mestriner, 44,
afirmou que o aumento em
suas mensalidades ficou em
torno de 14%, "maior do que no
ano passado".
Já para a funcionária pública
Leila Brito, 37, que tem um filho matriculado no mesmo colégio, o aumento "não foi exorbitante, mas significativo".
"Isso pesa no orçamento
mesmo, mas educação é prioridade de toda família", afirmou a
também funcionária pública
Rosemary Crespaldi Ravaneli,
44, que questiona o aumento
nos preços das mensalidades e
do material escolar.
Para o diretor regional do
Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), João Alberto
Velloso, os reajustes em Ribeirão seguiram a média praticada
no Estado, de 6%.
De acordo com o diretor, o
aumento das mensalidades é
determinado em dezembro e se
concentra nos dos primeiros
meses do ano -o impacto da alta, portanto, tende a se diluir ao
longo dos outros meses do ano.
Dono de papelaria em Ribeirão Preto, Camilo Figueiredo,
59, afirmou que os preços praticados neste ano são praticamente os mesmos do ano passado. O que pode tornar o material mais caro, segundo ele,
são os "supérfluos que as escolas injetam em suas listas" -alvo de questionamento do Procon (Fundação de Proteção e
Defesa do Consumidor).
Lenira Satuki, 45, também
comerciante do setor, disse
que, devido à variedade de materiais oferecidos, há produtos
que mantém os preços e outros
que tiveram variação.
Outros três setores -vestuário, habitação e transporte-
apresentaram alta no mês passado, de acordo com o instituto
da ACI-RP, enquanto um ficou
estável e dois tiveram queda
(veja quadro nesta página).
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