Ribeirão Preto, Terça-feira, 03 de Março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Educação eleva o custo de vida em fevereiro em Ribeirão

Mensalidades escolares são apontadas como as principais responsáveis pela alta

Aumento dos preços do setor foi de 3,68% no mês passado; sindicato de escolas diz que reajuste é diluído ao longo do ano

JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Os gastos com educação em fevereiro impulsionaram o custo de vida em Ribeirão Preto. A alta em relação a janeiro foi de 3,68%, a maior entre todos os segmentos que compõem o ICV (Índice do Custo de Vida), aferido pelo Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
O ICV geral foi de 0,47% -no mesmo mês do ano passado, o índice foi zero. A educação, que tem peso de 11% no índice, apresentou crescimento por causa do reajuste das mensalidades, segundo Antônio Vicente Golfeto, diretor do instituto.
Com dois filhos matriculados em um colégio particular de Ribeirão Preto, o representante Marco Aurélio Mestriner, 44, afirmou que o aumento em suas mensalidades ficou em torno de 14%, "maior do que no ano passado".
Já para a funcionária pública Leila Brito, 37, que tem um filho matriculado no mesmo colégio, o aumento "não foi exorbitante, mas significativo".
"Isso pesa no orçamento mesmo, mas educação é prioridade de toda família", afirmou a também funcionária pública Rosemary Crespaldi Ravaneli, 44, que questiona o aumento nos preços das mensalidades e do material escolar.
Para o diretor regional do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), João Alberto Velloso, os reajustes em Ribeirão seguiram a média praticada no Estado, de 6%.
De acordo com o diretor, o aumento das mensalidades é determinado em dezembro e se concentra nos dos primeiros meses do ano -o impacto da alta, portanto, tende a se diluir ao longo dos outros meses do ano.
Dono de papelaria em Ribeirão Preto, Camilo Figueiredo, 59, afirmou que os preços praticados neste ano são praticamente os mesmos do ano passado. O que pode tornar o material mais caro, segundo ele, são os "supérfluos que as escolas injetam em suas listas" -alvo de questionamento do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
Lenira Satuki, 45, também comerciante do setor, disse que, devido à variedade de materiais oferecidos, há produtos que mantém os preços e outros que tiveram variação.
Outros três setores -vestuário, habitação e transporte- apresentaram alta no mês passado, de acordo com o instituto da ACI-RP, enquanto um ficou estável e dois tiveram queda (veja quadro nesta página).


Texto Anterior: Série A-1: Santo André vai pegar Corinthians em seu estádio
Próximo Texto: Foco: Ovos de Páscoa têm alta de 10% em Ribeirão e ficam acima da inflação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.