DE RIBEIRÃO PRETO

História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, o negro na formação da sociedade são alguns dos temas que vão fazer parte do dia a dia das escolas de dez municípios da região de São Carlos em até um ano.
É o que prevê um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado ontem, com Ministério Público Federal e prefeituras. Os professores serão capacitados pelo UFSCar (Federal de São Carlos.
Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar, Valter Roberto Silvério, os professores terão 180 horas de capacitação. Para ele, a medida é um avanço na educação.
"O principal obstáculo é na gestão escolar. Seja por falta de conhecimento ou má vontade, os municípios não têm tido essa preocupação. A região será pioneira na implantação desses conteúdos nas escolas", disse.
De acordo com a secretária de Educação de São Carlos, Lourdes Moraes, o município já discutia em sala de aula os conteúdos mas, com o acordo, isso será feito de forma sistêmica. "O conteúdo será passado como disciplina transversal", disse.
Os 1.400 professores da rede municipal -ensino infantil, fundamental e médio- devem passar por capacitação em um prazo de seis anos, conforme o TAC.
A previsão é que, a partir do próximo ano, as cidades já comecem a trabalhar o assunto em sala de aula.
O acordo inclui, além de São Carlos, as cidades de Descalvado, Dourado, Ibaté, Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Santa Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Rita do Passa Quatro e Tambaú. (LIGIA SOTRATTI)


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