Ribeirão Preto, Domingo, 03 de Outubro de 1999

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OUTRO LADO
Cidades da região adotam medidas para conter a pobreza
Para prefeituras, dados não refletem a situação

do enviado especial

Representantes das administrações de Ribeirão Preto, Franca, Araraquara e São Carlos informaram que estão realizando medidas para conter a pobreza e que os números não refletem com exatidão a situação da população.
Segundo José Carlos Porsani, secretário da Assistência Social de Araraquara, a cidade é a que menos possui problemas com indigentes na região.
"Sabemos que o desemprego está atingindo as camadas mais pobres, mas estamos trabalhando para trazer indústrias e empregos no comércio para os jovens", disse o secretário.
Para ele, a cidade possui, no máximo, 10 mil desempregados. "Recebemos itinerantes, mas estamos cuidando de tudo."
A secretária da Cidadania e Desenvolvimento Social e vice-prefeita de Ribeirão Preto, Delvita Pereira Alves, afirmou que desconhecia os números da pesquisa do Ipea.
"O principal meio de combater a pobreza é a geração de empregos e isto nosso governo está fazendo. Estamos trazendo novas indústrias para a cidade a partir do próximo ano. Ao mesmo tempo, temos programas para ajudar as pessoas necessitadas", disse.
Para Ângela Oioli, secretária da Promoção e Bem-Estar Social de São Carlos, os números não refletem a realidade da cidade.
"Entendemos que a posição da cidade de São Carlos, com 12,08% (da população na linha de pobreza), é excelente. Entretanto, pelos dados do serviço de atendimento de nossa secretaria, ela está um pouco majorada", informou a secretária em nota enviada por fax à Folha.
A nota não informava qual a porcentagem da população que vive na linha de pobreza, segundo o serviço de atendimento da Prefeitura de São Carlos.
A secretária da Cidadania e Ação Social de Franca, Silvia Cristina Arantes de Souza, disse que já tinha conhecimento da pesquisa do Ipea.
Segundo ela, a pesquisa pode estar sendo usada menos para gerar novos recursos do que para realocar o dinheiro já existente.
"Ela reflete, principalmente, o grande problema da distribuição de renda nas cidades", disse.
Para Silvia, a pobreza em Franca foi gerada por um conjunto de fatores. "Em primeiro lugar, houve o desemprego no setor calçadista. Ao mesmo tempo, existe a concentração de renda."
De acordo com a secretária, a prefeitura tem programas nas áreas de saúde e educação para o auxílio da população pobre.
"O grande desafio é o de preparar a população de baixa renda e que não tem especialização para enfrentar o mercado", disse.


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