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OUTRO LADO
Cidades da região adotam medidas para conter a pobreza
Para prefeituras, dados não refletem a situação
do enviado especial
Representantes das administrações de Ribeirão Preto, Franca,
Araraquara e São Carlos informaram que estão realizando medidas para conter a pobreza e que os
números não refletem com exatidão a situação da população.
Segundo José Carlos Porsani,
secretário da Assistência Social de
Araraquara, a cidade é a que menos possui problemas com indigentes na região.
"Sabemos que o desemprego
está atingindo as camadas mais
pobres, mas estamos trabalhando
para trazer indústrias e empregos
no comércio para os jovens", disse o secretário.
Para ele, a cidade possui, no máximo, 10 mil desempregados.
"Recebemos itinerantes, mas estamos cuidando de tudo."
A secretária da Cidadania e Desenvolvimento Social e vice-prefeita de Ribeirão Preto, Delvita
Pereira Alves, afirmou que desconhecia os números da pesquisa
do Ipea.
"O principal meio de combater
a pobreza é a geração de empregos e isto nosso governo está fazendo. Estamos trazendo novas
indústrias para a cidade a partir
do próximo ano. Ao mesmo tempo, temos programas para ajudar
as pessoas necessitadas", disse.
Para Ângela Oioli, secretária da
Promoção e Bem-Estar Social de
São Carlos, os números não refletem a realidade da cidade.
"Entendemos que a posição da
cidade de São Carlos, com 12,08%
(da população na linha de pobreza), é excelente. Entretanto, pelos
dados do serviço de atendimento
de nossa secretaria, ela está um
pouco majorada", informou a secretária em nota enviada por fax à
Folha.
A nota não informava qual a
porcentagem da população que
vive na linha de pobreza, segundo
o serviço de atendimento da Prefeitura de São Carlos.
A secretária da Cidadania e
Ação Social de Franca, Silvia Cristina Arantes de Souza, disse que já
tinha conhecimento da pesquisa
do Ipea.
Segundo ela, a pesquisa pode
estar sendo usada menos para gerar novos recursos do que para
realocar o dinheiro já existente.
"Ela reflete, principalmente, o
grande problema da distribuição
de renda nas cidades", disse.
Para Silvia, a pobreza em Franca
foi gerada por um conjunto de fatores. "Em primeiro lugar, houve
o desemprego no setor calçadista.
Ao mesmo tempo, existe a concentração de renda."
De acordo com a secretária, a
prefeitura tem programas nas
áreas de saúde e educação para o
auxílio da população pobre.
"O grande desafio é o de preparar a população de baixa renda e
que não tem especialização para
enfrentar o mercado", disse.
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