Ribeirão Preto, Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2008

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PF prende acusados de falsificar dinheiro

Segundo a polícia, cerca de R$ 1,5 milhão foi despejado na região pela quadrilha; seis suspeitos ainda são procurados

Para driblar comércio, o grupo usava notas de R$ 10; operação cumpriu 12 mandados em Matão, Araraquara, Ibitinga e SP


ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Polícia Federal de Araraquara prendeu ontem três integrantes de uma quadrilha acusada de derramar na região cerca de R$ 1,5 milhão -R$ 200 mil por mês- em notas falsas. Segundo a polícia, seis suspeitos ainda são procurados.
A Operação Cascalho, como foi denominada, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Araraquara, Matão, Ibitinga e São Paulo, centro de operações do grupo. Segundo o delegado Auris Brisola, o material falso era produzido numa gráfica na capital. As cédulas eram enviadas ao interior, onde os falsários faziam a troca de cinco falsas por uma legal.
"Eles usavam mais notas de R$ 10 e R$ 20, que geralmente passam despercebidas pelos comerciantes. Cada cidade [do interior] era como um núcleo responsável pela distribuição de seus lotes", disse o delegado.
As investigações tiveram início há nove meses, mas ganharam intensidade em outubro, quando a PF fez uma apreensão de R$ 13 mil em notas falsas. Na ocasião, foram presos dois homens e uma mulher na Washington Luís. Parte do dinheiro foi achada no carro, com eles, e o resto em uma casa, em Matão.
Ontem, nenhuma cédula foi encontrada, mas a polícia achou centenas de papéis característicos de falsificação em uma casa em Araraquara.
A operação contou com o apoio de agentes de Bauru, Rio Preto, Marília e São Paulo. Ao todo, cerca de 40 policiais federais foram mobilizados.

Falsário preso
Em fevereiro, o mecânico José Valdeiro Aires Gama, 37, de São Carlos, foi preso pela PM acusado de falsificar notas de R$ 50. A polícia acredita que ele produzia R$ 10 mil em notas falsas por semana e que tenha distribuído R$ 720 mil na região. Ele chegou a dizer à polícia que mobiliou sua casa com venda de dinheiro falso. Segundo a PF, não há ligação do caso com a quadrilha.


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