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Foco:
Em crise, empresa de Taquaritinga "congela" 250 postos de trabalho
ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A Guari Fruits, de Taquaritinga, uma das maiores empresas em processamento de
tomate e goiaba do país, está
fechada desde 19 de dezembro. Por isso, 250 funcionários estão parados, à espera de
uma resposta definitiva sobre
a continuidade ou não do funcionamento da empresa.
Um eventual fechamento
da empresa colocaria em risco
aproximadamente 3.000 empregos diretos e indiretos, de
acordo com o Sindicato Rural
de Taquaritinga, cidade que
tem 55 mil habitantes.
Para piorar a situação, a
Guari Fruits ainda não pagou
a segunda parcela do 13º salário -cujo vencimento ocorreu em dezembro.
"Amanhã [hoje] deve haver
uma reunião com os diretores
da empresa, que prometeram
acertar os atrasados com os
funcionários até a próxima
sexta-feira", afirmou Lino
Bueno de Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentícia de Taquaritinga. Os salários relativos a dezembro só
foram pagos anteontem.
A fábrica da Guari Fruits está localizada no distrito Guariroba, em Taquaritinga, uma
das principais produtoras de
goiaba do Estado de São Paulo. A Folha tentou entrar em
contato com os responsáveis
pela empresa, mas ninguém
foi localizado ontem.
A empresa também tem dívida com aproximadamente
80 produtores, de acordo com
Marco Antonio dos Santos,
presidente do Sindicato Rural
de Taquaritinga, cujo montante chegaria a R$ 1,5 milhão. "Cada produtor, agora,
resolveu entrar na Justiça para cobrar a dívida", disse. O
pagamento não ocorreria desde dezembro de 2007.
Como a empresa foi vendida há alguns meses para um
grupo da cidade de São Paulo,
Santos disse que os antigos e
novos proprietários "empurram" a dívida e ninguém se
compromete a pagá-la.
Somam-se às dívidas salariais e contratuais a falta de
recursos para a compra de
embalagens para os produtos
e a entrega de pedidos. "Os diretores da empresa argumentam que a falta de recursos da
Guari se deve ao bloqueio de
uma verba no banco. Por conta disso, ela ficou sem dinheiro para arcar com as dívidas",
afirmou Camargo.
A empresa surgiu em 1989.
Fornecia goiaba in natura para fabricantes de goiabada da
região. Seis anos depois, lançou sua própria linha de produtos acabados.
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