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Usina dá um mês de licença remunerada a 750
Santelisa diz que plano é adequar pessoal à demanda
Márcia Ribeiro-24.jan.09/Folha Imagem
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Funcionário da Santelista de Sertãozinho monitora fogo na caldeira
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Todos os funcionários efetivos, rurais e operacionais, do
grupo Santelisa Vale, que opera
cinco usinas na região, vão ter
um mês de licença remunerada
até abril.
Segundo o grupo, a medida,
que deve atingir 750 funcionários, não visa economizar e sim
adequar o pessoal à demanda
de produção, enfraquecida pela
crise econômica global.
De 20 de dezembro a 20 de
janeiro, os funcionários já tinham gozado férias. A partir de
então, eles foram divididos em
duas equipes (trabalhadores
rurais e da indústria) e escalonados para tirar a licença remunerada, que deve se estender até o início oficial da safra.
"Adequamos os horários de
acordo com a situação de cada
usina. Trata-se de ajuste à demanda de mercado", informou
a empresa por meio de sua assessoria de imprensa.
Em nota, a Santelisa informou que a medida foi tomada
em comum acordo com as entidades representantes das classes, entre elas a Feraesp (Federação dos Empregados Rurais
Assalariados do Estado de São
Paulo), o que foi negado pelo
seu presidente, Miguel dos
Santos Filho. "Com certeza,
eles economizam com isso, pois
não pagam hora extra, percentual de produção e não gastam
com o operacional", afirmou.
Os trabalhadores não gostaram da redução informal de salário, mas não reclamaram.
"Bom não é, mas pelo menos
eles dizem que é uma medida
para evitar as demissões, que
aconteceram em outras usinas", afirmou o motorista Sérgio de Aquino Rodrigues, 42.
Com dívidas estimadas pelo
mercado em R$ 2 bilhões, o
Santelisa Vale busca aporte de
capital. Em fevereiro, demitiu
109 funcionários dos setores
administrativo e industrial.
Com unidades em Sertãozinho, Morro Agudo, Jardinópolis e Colômbia, o grupo é um
dos maiores produtores de açúcar e etanol do mundo. Por ano,
processa 18 milhões de toneladas de cana.
Albertina
No próximo sábado, a usina
Albertina, também de Sertãozinho, completa dois meses de
salários atrasados. Cerca de
1.800 funcionários estão parados e dizem que não retornam
ao trabalho enquanto não receberem o que lhes é devido.
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