Inquérito será aberto hoje em Ribeirão; corpos foram enterrados ontem na capital

Operários faziam a troca de cabos do elevador de carros quando o aparelho, que pesava duas toneladas, despencou do 10º andar

DA FOLHA RIBEIRÃO

Os operários Alonso Lima, 51, e Reginaldo Oliveira, 37, que morreram na queda de um elevador de carros, no centro de Ribeirão, no sábado, foram enterrados ontem em São Paulo onde moram suas famílias.
Os corpos foram liberados pelo Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, na noite de sábado, quando seguiram para a capital. A Folha conseguiu contato com parentes das vítimas, que não quiseram dar declarações.
"Só vou dizer que, na medida do possível, deu tudo certo", disse Carlo Lima, filho de Alonso, que não quis dizer se vai buscar saber se o acidente teve causa mecânica ou humana.
A Polícia Civil abre hoje inquérito para apurar as causas do acidente. A Subdelegacia do Trabalho, em Ribeirão, também deve investigar o caso.
Os operários faziam a troca de cabos do aparelho a serviço de uma empresa prestadora de serviços da Atlas Schindler, por volta das 10h30 de sábado no edifício vertical de garagens Everest, quando o elevador, de duas toneladas, despencou em queda livre do 10º andar.
No momento do acidente, o estacionamento funcionava normalmente, com um dos elevadores em operação. O outro, em manutenção, estava interditado desde quinta-feira.
Um representante da Atlas Schindler em Ribeirão Preto foi até o local, mas a empresa informou que só vai se pronunciar após a conclusão do laudo.
"São ex-funcionários que resolveram abrir uma empresa e prestar serviços. São qualificados e trabalhavam com segurança", disse o supervisor de operações, Marcelo de Castro.
O condomínio tem capacidade para 268 carros. No momento do acidente, menos da metade das vagas estavam ocupadas. Até a tarde de ontem, o local seguia interditado. (RM)


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