Ribeirão Preto, Domingo, 04 de Junho de 2000


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Teto salarial cai no futebol

DAS REGIONAIS

Atolados em uma de suas piores crises, algumas das principais equipes de futebol do interior paulista estão cortando radicalmente suas folhas de pagamento, no entanto seus problemas financeiros continuam crescendo.
O Guarani, único do interior com um título nacional (1978), é um dos melhores exemplos. O teto salarial hoje gira em torno de R$ 15 mil, contra R$ 40 mil da época em que tinha craques como Djalminha, Amoroso e Luizão.
Hoje o time de Campinas está sem patrocinador e tenta equacionar uma dívida acumulada de R$ 9 milhões, o que o obrigou a retomar uma política de formação de jogadores.
Vice-campeão paulista em 76, o XV reduziu seu teto salarial de R$ 7 mil para R$ 2 mil desde 97, quando tinha o apoio da TAM e os atletas dispunham de apartamentos pagos pela empresa. Hoje não há patrocínio e os salários chegaram a três meses de atraso.
O Botafogo, que venceu a primeira fase da A-2 e disputou a segunda etapa da primeira divisão, emprestou dez jogadores visando reduzir os gastos com a folha de pagamento durante o período de inatividade. Com as negociações -todas por três meses-, o clube deve economizar cerca de R$ 200 mil até o final de julho. A folha é de cerca de R$ 170 mil.
A situação mais crítica é a da Ferroviária, que disputa a Série A-3 e tem cerca de R$ 600 mil em débitos com o Banco do Brasil e com ex-jogadores. Por isso, o alojamento dos atletas foi leiloado pela Justiça. A Ferroviária aguarda agora a decisão sobre o embargo solicitado pelo time.
O São José, que disputava a Série A-1 até o ano passado, reduziu em 30% o valor da folha salarial para a disputa da A-2 deste ano, mas não consegue quitar o valor de R$ 160 mil mensais em pendência com o elenco.
Segundo o presidente licenciado do clube, Cláudio Santiago, as despesas são altas em razão da intenção da diretoria de manter um time competitivo na competição.
(FÁBIO SOARES, MARCELO TOLEDO, LUCIANO CALAFIORI E FELIPE CONRADO)

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