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Vigilância fecha clínica de hemodiálise
Foram detectados problemas na água e de falta de higiene; 130 pacientes serão distribuídos em unidades de Ribeirão
Reabertura é condicionada ao cumprimento de termos propostos em TAC, que incluem a reforma e a adequação da clínica
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Vigilância Sanitária e o Ministério Público Estadual determinaram o fechamento preventivo da Clínica Lund, em Ribeirão, que realiza sessões de
hemodiálise e pertence ao ex-superintendente do Sassom
(Serviço de Assistência à Saúde
dos Municipiários) Yussif Ali
Mere Júnior. Foram encontrados problemas de higiene, nos
equipamentos e com a água utilizada nos procedimentos.
Anexada ao hospital Beneficência Portuguesa, a clínica é
uma das quatro de Ribeirão
Preto que fazem o serviço de
hemodiálise via SUS (Sistema
Único de Saúde). A Lund também faz o procedimento por
meio de convênio, além de
atendimentos particulares.
Os 130 pacientes que fazem o
procedimento no local serão
distribuídos, a partir de segunda-feira, para as outras unidades de hemodiálise de Ribeirão,
em sessões noturnas.
A Promotoria formalizou um
TAC (Termo de Ajustamento
de Conduta) com Mere Júnior,
que se comprometeu a, num
prazo aproximado de um mês,
adequar a clínica para que a hemodiálise possa voltar a ser
realizada. O médico também
mantém unidades da Lund no
hospital São Paulo e no Sanatorinhos, em Itú, além de negociar uma unidade com a Prefeitura de São José do Rio Pardo.
Segundo a secretária da Saúde, Carla Palhares, não há risco
imediato aos pacientes que fizerem hemodiálise no local entre hoje e segunda-feira. "Se
houvesse risco aos pacientes, a
clínica seria fechada imediatamente. Mas, potencialmente,
se não for adequada, o serviço
poderia oferecer riscos aos
usuários", disse a secretária,
que não detalhou os problemas
que foram verificados, mas
confirmou as irregularidades.
Nas outras unidades da
Lund, segundo Carla, não foram encontrados problemas.
Segundo a secretária, os pacientes que serão distribuídos
terão transporte gratuito aos
novos locais. "A ideia é não
atrapalhar a vida de ninguém.
Alguns pacientes até preferiram o turno da noite, que às vezes vai até a 1h", disse.
O diretor-técnico da Beneficência Portuguesa, José Victor
Nonino, disse que o serviço de
hemodiálise é terceirizado e
tem autonomia sobre questões
de equipamento, higiene e segurança. "Eu desconhecia o
problema, mas vou verificar
amanhã [hoje] o que está ocorrendo no local", disse.
A Folha procurou Yussif Ali
Mere Júnior ontem, mas não
obteve resposta. Deixou recado
na secretária eletrônica dele e
foi informada de que o médico
está viajando. A reportagem
também procurou o promotor
Sebastião Sérgio da Silveira, via
e-mail, sem sucesso.
(LUCAS REIS)
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