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SEM DINHEIRO
Lázari só assumiria se o déficit fosse saldado
Dentista quer as
dívidas zeradas
free-lance para a Folha
O dentista Marcos de Lázari,
52, que está no Comercial há cinco anos e já foi diretor de futebol
e diretor das categorias amadoras, afirma que não quer se candidatar à presidência do clube
por não ter condições de arcar
com as dívidas trabalhistas.
"Fico grato pelo fato de meu
nome ter sido mencionado para
assumir o Comercial, mas não tenho tempo disponível e seria preciso ter um respaldo. A atual diretoria deveria arrumar recursos
para saldar a dívida. Nesse caso,
até poderia sair candidato à presidência", disse.
Apesar de achar que seria uma
das únicas pessoas com credibilidade para assumir o clube, o dentista prefere não se arriscar, pois,
segundo ele, o Comercial está em
um descrédito geral.
"A reserva moral das pessoas
que estão no clube está em baixa
pois suas imagens estão desgastadas. Por isso é preciso mudar o
perfil do dirigente e minha indicação seria uma esperança para o
clube", disse o dentista.
"Mesmo assim, prefiro continuar na minha área profissional,
na qual sou bem respeitado",
afirmou Marcos de Lázari.
Segundo o dirigente, tanto Comercial quanto Botafogo receberam este ano uma verba de R$ 30
mil da Ceterp (Centrais telefônicas de Ribeirão Preto).
"Mas tudo que entra no clube, a
Justiça penhora e eu não posso
assumir um compromisso sabendo que não terei recursos para saldar as dívidas trabalhistas",
disse o dentista.
Uma das idéias de Marcos de
Lázari é que pessoas que não estão envolvidas com a história do
futebol assumam o Comercial.
"O clube precisa de alguém que
tenha uma visão empresarial,
reúna meios para tirá-lo dessa
crise e zere o déficit", afirmou o
dirigente.
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