Ribeirão Preto, Domingo, 4 de outubro de 1998

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SEM DINHEIRO
Lázari só assumiria se o déficit fosse saldado
Dentista quer as dívidas zeradas

free-lance para a Folha

O dentista Marcos de Lázari, 52, que está no Comercial há cinco anos e já foi diretor de futebol e diretor das categorias amadoras, afirma que não quer se candidatar à presidência do clube por não ter condições de arcar com as dívidas trabalhistas.
"Fico grato pelo fato de meu nome ter sido mencionado para assumir o Comercial, mas não tenho tempo disponível e seria preciso ter um respaldo. A atual diretoria deveria arrumar recursos para saldar a dívida. Nesse caso, até poderia sair candidato à presidência", disse.
Apesar de achar que seria uma das únicas pessoas com credibilidade para assumir o clube, o dentista prefere não se arriscar, pois, segundo ele, o Comercial está em um descrédito geral.
"A reserva moral das pessoas que estão no clube está em baixa pois suas imagens estão desgastadas. Por isso é preciso mudar o perfil do dirigente e minha indicação seria uma esperança para o clube", disse o dentista.
"Mesmo assim, prefiro continuar na minha área profissional, na qual sou bem respeitado", afirmou Marcos de Lázari.
Segundo o dirigente, tanto Comercial quanto Botafogo receberam este ano uma verba de R$ 30 mil da Ceterp (Centrais telefônicas de Ribeirão Preto).
"Mas tudo que entra no clube, a Justiça penhora e eu não posso assumir um compromisso sabendo que não terei recursos para saldar as dívidas trabalhistas", disse o dentista.
Uma das idéias de Marcos de Lázari é que pessoas que não estão envolvidas com a história do futebol assumam o Comercial. "O clube precisa de alguém que tenha uma visão empresarial, reúna meios para tirá-lo dessa crise e zere o déficit", afirmou o dirigente.



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