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Franca prepara leis para restringir álcool
Junto a 4 cidades vizinhas, município pode criar leis para reduzir consumo de bebida; objetivo é conter a violência
Baseado em decreto de 2007 de Lula, plano prevê regulamentar horários de bares e vetar bebidas em postos de combustível
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Franca e mais quatro cidades
vizinhas planejam criar leis
conjuntas para reduzir o consumo do álcool e seus efeitos na
criminalidade. O plano, intermediado pelo Ministério Público Estadual, é regulamentar à
"Lei da Hora Certa", que tem
como base o decreto 6.117, assinado em 22 de maio do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Franca, participam
as cidades de Restinga, Cristais
Paulista, Ribeirão Corrente e
São José da Bela Vista.
As leis visam regular o horário de funcionamento dos bares, criar regras para a comercialização, publicidade e venda
de bebidas para menores, vetar
a venda em postos de gasolina,
além de incluir a prevenção ao
álcool como tema nas escolas.
O promotor Paulo César Borges, de Franca, e representantes das prefeituras e câmaras
das cinco cidades se reuniram
em outubro para discutir determinações e impactos caso a lei
seja regulamentada.
"Por enquanto nada foi resolvido, mas há possibilidade de
acordo", disse o procurador-geral de Franca, Joviano Mendes.
As cidades menores vêem
com bons olhos a possibilidade
de terem leis conjuntas. "Apesar de os índices aqui serem
baixos, vamos trabalhar para
chegar a uma boa lei", disse o
prefeito de Restinga, Amarildo
Tomaz do Nascimento.
Está marcada para o próximo
dia 19 outra audiência entre o
MP e os municípios. "Esperamos para janeiro a regulamentação, uma vez que queremos
participação dos novos vereadores", disse Borges.
Em julho deste ano, o procurador-geral de Justiça, Fernando Grella, emitiu um aviso aos
promotores do Estado pedindo
intervenções semelhantes, mas
só o de Franca acatou.
Diadema, na Grande São
Paulo, já regulamentou leis sobre o assunto. O mesmo foi feito em Brasília. Em todos os casos, porém, as leis são anteriores ao decreto de Lula.
Hoje, representantes regionais do Sindicato dos Bares Hotéis e Restaurantes se reúnem
para discutir as propostas que
vão apresentar.
"Vamos contratar um advogado para centralizar as nossas
idéias e apresentar ao promotor. Tudo tem que ser bem pensado para não nos prejudicar",
disse o dirigente regional Carlos Frederico Marques.
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