Caso ocorreu em Franca, no interior de SP; ex-namorada afirma que era ameaçada constantemente pelo auxiliar

Segundo a PM, apesar de transtornado, ele não parecia estar drogado e foi achado enforcado na cela com um cordão de náilon

DA FOLHA RIBEIRÃO

O auxiliar de serviço gerais Waghey Luís Moreira Prudêncio, 37, se matou ontem, na cela do plantão policial de Franca (a 400 km da capital paulista), após ser preso acusado de atear fogo na casa da ex-namorada, ameaçar policias com uma faca e chutar mesas na delegacia.
Segundo a Polícia Militar, Prudêncio se enforcou com uma corda de náilon.
A ex-namorada do auxiliar, Valdecia Souza e Souza, 38, disse que Prudêncio a ameaçava constantemente porque ela não queria morar com ele. "Até saí de lá do bairro e vim morar com minha mãe, com medo dele. Por isso não estava lá na hora do fogo", disse Valdecia.
A confusão começou, de acordo com a PM, por volta das 16h de anteontem, quando Prudêncio pulou uma janela da casa de Valdecia no Jardim Aviação, e ateou fogo na casa. Alguns móveis ficaram parcialmente queimados. Logo depois, ele voltou à casa com uma faca nas mãos.
A Polícia Militar foi chamada e ele fugiu. Prudêncio foi encontrado logo depois na casa da mãe, no bairro vizinho Jardim Aeroporto 4.
Segundo a PM, ao ser abordado, ele tentou agredir com a faca os quatro policiais e chegou a rolar no chão com um deles.
Levado à delegacia, o auxiliar de serviços gerais ainda chutou uma mesa e danificou uma máquina de escrever, que caiu no chão, segundo relato da PM.
Policiais o levaram então ao pronto-socorro da cidade, onde recebeu uma injeção para ser "acalmado".
Segundo a PM, apesar de transtornado, o homem não parecia estar drogado. Valdecia disse que ele bebia muito. De volta à delegacia, ele foi deixado na cela. À meia-noite, Prudêncio foi achado enforcado com um cordão de náilon.


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