Ribeirão Preto, Terça-feira, 05 de Janeiro de 2010

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Após sair de praça, artesão quer "negociar" exigências para ocupar outro espaço

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Depois de deixarem a praça da Catedral ontem, conforme o prazo estipulado pelo Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto, os artesãos que mantinham barracas no local querem "negociar" com a Promotoria e a administração as exigências para retornar ao estacionamento da praça das Bandeiras, ocupada por eles antes da reforma, finalizada em julho, com nove meses de atraso.
As principais queixas dos artesão são referentes aos custos para a padronização das barracas e ao período para a constituição de uma associação para representá-los.
O artesão Paulino Borges, o Xuta, um dos fundadores da feira na década de 1970, afirmou acreditar que, dos 89 feirantes cadastrados, "nem 30% conseguiu se adequar às novas regras". Artesãos e representantes da prefeitura se reúnem hoje, às 16h, com a Promotoria.
No encontro, os camelôs devem pedir "benevolência" dos órgãos públicos para que possam voltar a trabalhar no próximo final de semana, mesmo sem estarem completamente regularizados.
A secretária da Cultura de Ribeirão Preto, Adriana Silva, afirmou ontem que espera até o final de janeiro para que todos se regularizem.
"Quem não retornar às atividades, de acordo com as novas normas, poderá sair do cadastro", afirmou.
Segundo a artesã Vilma Aparecida dos Santos, 53, para padronizar uma barraca o gasto pode chegar a R$ 1.970, sendo R$ 1.400 com nova armação de ferro, R$ 450 para a lona anti-incêndio e R$ 120 de instalação elétrica.
"Eu mesmo ainda não consegui fazer a barraca no novo padrão", disse Santos. Segundo ela, vai ser difícil para os camelôs investirem agora se não puderem voltar a vender seus produtos. O artesão Ivan Schiavelli, 58, afirmou que todos esperavam mais vendas no Natal e isso não ocorreu. "Também tivemos pouco tempo e alguns entraves para oficializar a associação", disse.
A Folha tentou ouvir o promotor Naul Luiz Felca sobre o assunto, mas ele estava em audiência no início da tarde e não ligou de volta para a reportagem.


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