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Áreas contaminadas crescem 52,3% na região de Ribeirão
Relatório da Cetesb mostra que postos de combustíveis são os principais vilões
Além de postos, aterros sanitários de prefeituras, tanque de uma empresa de ônibus e duas indústrias foram enquadradas
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Relatório divulgado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental)
revela que o número de áreas
contaminadas aumentou
52,3% nas quatro maiores cidades da região de Ribeirão Preto
no ano passado, em comparação com 2007.
Os postos de combustíveis
predominam na lista, mas na
região também existem entre
os locais contaminados aterros
sanitários de Franca e São Carlos, um curtume, uma empresa
de ônibus, Furnas e uma linha
férrea (leia texto abaixo).
O levantamento produzido
anualmente apresenta os resultados de novembro de 2008,
comparados a novembro de
2007. De acordo com o estudo,
a Cetesb registrou 64 locais em
que há contaminação, seja do
solo, do ar ou da água, contra 42
áreas no ano anterior.
Das 64 área contaminadas,
56 são postos de combustíveis,
o que significa um crescimento
de 36,8% se comparado aos
postos de combustíveis com
áreas contaminadas em 2007.
Só em Ribeirão são 12 postos.
Os números incluem, também, empresas que já se reabilitaram, ou seja, que estavam
contaminadas mas cumpriram
as exigências da Cetesb para recuperar a área. No Estado, são
87 nessa situação. Quatro delas
são postos de combustíveis de
Ribeirão Preto.
De acordo com o gerente regional da Cetesb em Ribeirão
Preto, Marco Antonio Sanchez
Artuzo, a descoberta de mais
postos de combustíveis é resultado de um esforço de fiscalização, amparado por novas regras
na legislação, que estão em vigor desde 2001.
Resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 2000 determinou
que todos os Estados cadastrassem postos. Em São Paulo, eles
estão sendo licenciados e devem, a cada cinco anos, renovar
o cadastro.
"São esses momentos do licenciamento ou da renovação
que nos ajudam a fazer esse trabalho de varredura e detectarmos os locais de contaminação", disse Artuzo.
O gerente da agência de Araraquara, José Jorge Guimarães,
52, estima que um terço dos
postos criados antes de 2001
estejam contaminados. Em
Araraquara, eles são entre 65 e
70 estabelecimentos e em São
Carlos, de 70 a 75 postos.
Segundo Oswaldo Manaia,
presidente regional do Sincopetro, entidade que representa
os postos, a maioria dos estabelecimentos contaminados é de
comerciantes que compraram
postos antigos, que eram mal
operados, e não fizeram a adaptação necessária para atender a
legislação.
"Agora, demora até cinco
anos para descontaminar e custa até R$ 400 mil", afirmou.
No Estado de São Paulo, o
número de áreas contaminadas
cresceu 10%, passando de
2.272, em 2007, para 2.514, no
ano passado. Antigas fábricas e
aterros sanitários serão o foco
da Cetesb agora.
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