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Ribeirão eleva em 1.733% a exportação de açúcar
Rússia foi o país que mais comprou o produto da cana no primeiro semestre deste ano; queda da Índia beneficiou vendas da região
DA FOLHA RIBEIRÃO
Ribeirão exportou 1.733% a
mais de açúcar no primeiro semestre de 2009 em relação ao
mesmo período de 2008, apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No ano passado, o município havia exportado US$ 2,4 milhões em açúcar
de cana. Neste ano, também
nos primeiros seis meses, o volume exportado do produto
chegou a US$ 44,8 milhões.
Entre os países que mais recebem os produtos de Ribeirão,
a Rússia se destaca pelo crescimento entre 2008 e 2009. No
primeiro semestre de 2008 Ribeirão exportou US$ 1,4 milhão
para a Rússia. Neste ano, no
mesmo período, o total subiu
para US$ 16,7 milhões, o que
deixa o país no topo do ranking.
O aumento das exportações
para a Rússia foi de mais de
1.000%. Ao todo, as exportações de Ribeirão subiram 14,8%
no período.
A Rússia também lidera o
ranking dos países que mais receberam o açúcar brasileiro no
ano passado, de acordo com levantamento da Unica (União
da Indústria da Cana-de-Açúcar), seguida por Nigéria, Arábia Saudita, Egito e Argélia.
Esse crescimento coloca o
açúcar da cana na liderança do
ranking dos produtos mais exportados por Ribeirão neste
ano. Em segundo lugar está o
açúcar de outros produtos.
Para especialistas do setor, o
crescimento da exportação do
produto é fruto da derrocada da
Índia, que viu sua produção
cair e fez com que a Europa
buscasse no Brasil o abastecimento do açúcar.
"Desde o fim do ano passado
tínhamos uma grande expectativa pela produção do açúcar",
disse Sérgio Prado, da Unica.
De acordo com os usineiros
Maurilio Biagi Filho, presidente da Usina Moema e conselheiro da Unica, e Jairo Balbo,
diretor industrial do Grupo
Balbo, o açúcar é realmente o
carro-chefe desta safra.
"Neste ano exportou-se um
volume muito maior com um
preço bem melhor, principalmente para a Europa. A tendência é que esse cenário positivo seja mantido nos próximos
meses", disse Biagi Filho.
"Neste momento delicado
pelo qual passa o álcool, a valorização do preço do açúcar e o
aumento da exportação do produto para a Europa vem em ótimo momento", disse Balbo.
(LUCAS REIS)
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