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Convertidos deixam
drogas e alcoolismo
DA FOLHA RIBEIRÃO
Mudança de vida com a opção
por uma nova religião. É isso que
os evangélicos apregoam assim
que se convertem. Drogas, bebidas e prostituição foram empecilhos na vida dessas pessoas, que se
dizem curadas em nome de Jesus.
"Eu tinha uma boa casa, um
bom emprego. Isso tudo não
adiantou, eu me sentia vazio, sem
sentido. Acabei preenchendo isso
com o álcool e as drogas", relata o
coordenador de segurança João
Carlos Matheus, 33.
Matheus afirma que usava cocaína, crack e tomava comprimidos. "Fiz de tudo, menos as drogas injetáveis, porque tinha medo." Ele também conta que o casamento não ia bem. "Eu era um
marido só de fachada, daqueles
que sustentavam a casa e mais nada". O segurança é enfático em
afirmar que tudo mudou. "Venci
quem me vencia. Sou mais que
vencedor. Hoje tenho amor no casamento e sou realmente feliz".
A ex-prostituta M.A.L. diz que
saiu da lama. "Eu estava muito,
muito no fundo mesmo. Nem enxergava mais a luz no fim do túnel. Mas Jesus apareceu e mudou
tudo." Ela se converteu por meio
de um grupo de evangelização
que prega na madrugada em Ribeirão Preto. Hoje, M. é casada e
tem um filho. Ela não quis se
identificar. O pedreiro Onofre
Rosa Costa afirma que, quando o
pai morreu (ele tinha seis anos) e
deixou os dez filhos sem sustento,
perdeu o rumo da vida. Logo começou a beber e experimentou
maconha. "Não tinha expectativa
nenhuma, sabe quando você não
acha graça na vida? Queria mesmo era morrer". Há oito anos, ele
diz ter encontrado uma razão.
"Jesus preencheu minha vida como humano nenhum poderia fazer."
Prosperidade é o que alardeia o
comerciante Marcelo Geraldo
Aguiar, 27. Ele afirma que foi pela
primeira vez a uma igreja evangélica quando tinha 17 anos por insistência de uma irmã.
No entanto diz ter encontrado
Jesus de verdade dois anos depois.
"Eu cheguei a usar cocaína e bebia
muito, mesmo indo na igreja.
Quando vi que essas coisas não levavam a nada, decidi seguir o verdadeiro caminho."
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