Ribeirão Preto, Sábado, 05 de Novembro de 2011

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Índices da dengue geram preocupação para o próximo ano

Município mantém a taxa de infestação acima de 1, o máximo aceitável pela Organização Mundial da Saúde

Secretaria diz que falta apoio da população para combater doença, que atingiu 19 mil

Silva Junior/Folhapress
Maria Luiza Santa Maria, diretora de Vigilância em Saúde, na apresentação de índices

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto identificou um crescimento nos três índices que medem a densidade larvária da dengue na comparação entre outubro deste ano e o mesmo mês de 2010.
O Índice de Breteau (que mede o número de recipientes com focos em cada cem imóveis) aumentou de 2,26 para 2,33 na comparação entre os dois períodos.
Já o índice predial (que indica o número de imóveis com focos), que era de 1,78, subiu para 1,90. A taxa (que afere o volume de recipientes propícios a serem criadouros) também subiu de 1,74 para 2,02.
Esses números preocupam porque os meses em que ocorrem mais casos de transmissão da doença estão próximos.
A Organização Mundial da Saúde considera aceitáveis índices até 1. Com os números superiores ao aceitável, Ribeirão se mantém entre os municípios na lista de alerta do Ministério da Saúde.
Ribeirão registrou neste ano a segunda maior epidemia de sua história. Até outubro foram confirmados 19.243 casos da doença, com 12 mortes -o maior número de casos e vítimas de São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
No ano passado, o município, que sofre epidemias sucessivas desde 2006, teve 29.637 casos e nove mortes.
"A situação é de alarme, de alerta. Todos os bairros têm índices preocupantes", afirmou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria.
Segundo a chefe do Centro de Controle de Vetores, Maria Lúcia Biagini, foram retirados 163.909 toneladas de criadouros em 20 arrastões realizados desde o mês de julho.
"A reposição é muito rápida. Sem a parceria da população, o poder público não resolve a dengue", disse.
Para o infectologista Celso Granato, da Unifesp, população e poder público têm pesos semelhantes no combate à dengue.
"A população deveria fazer mais, mas isso não quer dizer que as administrações também não poderiam", disse.


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