CARLA CONTE
da Reportagem Local

São Paulo registrou novo caso de suspeita de botulismo. Marizilda Toledo Silva está internada na UTI do hospital Alvorada (zona sudoeste), com diagnóstico clínico de botulismo. É o primeiro caso suspeito registrado este ano.
A doença é causada por uma bactéria, que produz toxinas maléficas ao organismo. Ela atinge principalmente o sistema nervoso, podendo provocar sequelas psíquicas ou motoras ou até mesmo a morte.
A família da paciente registrou um boletim de ocorrência, relatando que a paciente começou a passar mal após ingerir palmito da marca Palmetto San Carlo, que é importado da Bolívia.
A Vigilância Sanitária de São Paulo enviou a embalagem consumida por Marizilda para o Instituto Adolfo Lutz, que está fazendo análise do produto para confirmar se de fato há a presença da bactéria que causa o botulismo. O laudo deve ser divulgado esta semana.
O palmito consumido por Marizilda foi produzido em março deste ano e tinha data de validade até 2001. A venda de palmito San Carlo com essa data de fabricação e validade está suspensa. Segundo a Folha apurou, todas as unidades desse período foram vendidas para o grupo Pão de Açúcar.
A Vigilância também interditou, por medida de precaução, a empresa Palmetto Import, Export e Distribuidora Ltda., que faz a distribuição do produto.
Os advogados contratados para acompanhar a interdição afirmaram que vão aguardar o resultado dos laudos para tomar providências.
O grupo Pão de Açúcar determinou ontem o recolhimento de todas as embalagens do Palmetto San Carlo de todas as suas lojas. Esse produto é vendido em potes de vidro e em lata.



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