Ribeirão Preto, Domingo, 05 de Dezembro de 2010

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Leitores aprovam cobertura da Folha Ribeirão, que faz 20 anos

Caderno imprimiu no jornalismo regional marcas da Folha, como pluralismo e apartidarismo

História de sucesso teve início em 3 de dezembro de 1990, mas assinantes criticam falta de espaço para esportes e cultura

DE RIBEIRÃO PRETO

Informar os leitores de 89 cidades da região de Ribeirão Preto com a qualidade jornalística da Folha, integrar 3,26 milhões de habitantes com imparcialidade, maturidade e compromisso com a informação. Mas ainda há espaço para evoluir.
Essa é a avaliação de 20 assinantes do jornal sobre os 20 anos de existência do caderno Ribeirão, que foram celebrados anteontem.
Sucessor do SP Nordeste e da Folha Nordeste, o caderno Ribeirão chega aos 20 anos com elogios de seus assinantes, principalmente quanto à qualidade editorial que a Folha imprimiu no jornalismo regional, marcada pela criticidade, pluralismo e apartidarismo.
Essa história teve início em 3 de dezembro de 1990, com a reportagem "Ribeirão Preto e região sofrem com a falta de novos telefones há dois anos", época em que a cidade ainda dependia da Ceterp e que um telefone custava uma fortuna.
Para o professor universitário aposentado Hector Francisco Terenzi, 74, argentino radicado no Brasil há 34 anos e assinante desde 1998, o caderno cumpre seu objetivo: informar bem os leitores.
A edição de hoje é a de número 7.308 do caderno regional, que desde o início publicou os principais assuntos do dia a dia e pautou os rumos da economia e da política da região de Ribeirão.
E é esse aspecto econômico que o advogado Reinaldo Rocha, 55, admira. "Sempre há notícias relacionadas ao setor canavieiro. Como trabalho no setor, me interesso muito. A abordagem é correta", afirmou.

REGIÃO ESTRATÉGICA
O fato de um jornal de grande circulação, como a Folha, instalar uma Redação em Ribeirão Preto é visto como prova da importância econômica da cidade no cenário nacional.
Essa é a avaliação de assinantes como o médico Carlos Roberto Missali, 52, o engenheiro Marcos Sampaio, 42, o promotor Manoel José Berça, 50, a professora Amini Boainain Hauy, 75, o empresário Francisco Paulo Canineo, 53, e o aposentado Aluisio Eduardo Roma, 69.
"A iniciativa é muito positiva. O que tem importância, tem espaço. O que não tem, é uma notinha. É um jornalismo com um algo a mais, condensado, que seleciona as notícias mais importantes.
Quando estou em São Paulo, compro a Folha, mas sinto falta do caderno Ribeirão", disse o promotor Manoel José Berça, que assina o jornal desde os anos 90.
Eles dizem ainda que Ribeirão é um ponto estratégico para o jornal, devido à sua localização geográfica e por ser polo educacional, de serviços e de saúde.
A assinante Aparecida Oliveira Fonseca, aposentada, disse se interessar mais pelas reportagens de saúde, setor em que trabalhou.
Nem o surgimento de novas tecnologias faz o engenheiro civil aposentado Edelcio Garcia, 60, deixar de ler o caderno impresso. "Quando comecei a assinar, não havia internet e eu precisava de um veículo para saber das coisas. Criei o hábito. O caderno deixa o jornal completo, com notícias da cidade e do país."
A opinião é compartilhada pela aposentada Maria Helena Garcia, 86, pelo estudante Mark Fernando Manfrin Arnez, 25, e pela aposentada Nair Oliveira Carvalho, 80.
"Gosto principalmente quando leio entrevistas com conhecidos, como médicos.
O jornal se aproxima da gente", disse Nair, seguida por Antonio Seixas, 45, Paulo Roberto Martins, 55, Mariana Gonçalves Ferraz, 37 e Odair de Castro, 46.

CRÍTICAS
Mas há críticas também. Parte dos assinantes se queixa da falta de espaço para reportagens de cultura e esporte, principalmente. "O caderno não é tão grande como deveria ser e deixa a desejar na parte de esporte, não cobre muito os times de Ribeirão", afirmou o representante comercial Sebastião Cantarella, 53.
"O jornal deveria publicar a agenda cultural diariamente ou mais vezes durante a semana, até para que a gente consiga comprar os ingressos para os espetáculos", disse o empresário Canineo. Para o advogado Rocha, o jornal poderia "pegar mais pesado" com os problemas de trânsito da cidade.
"O cruzamento da Presidente Vargas com a João Fiúsa é complicado. Há um projeto para fazer viaduto há muito tempo, mas não sai do papel. O jornal precisa pegar mais no pé da prefeitura e dos vereadores."
Já a professora aposentada Elenice Medeiros, 58, acha que o caderno deveria dar menos espaço aos políticos. "Na greve dos médicos, o jornal ouviu mais os políticos e menos os médicos."
Os erros também irritam os assinantes do jornal. "Meu primeiro emprego foi em São Paulo numa litográfica onde era feita a revisão da Folha. Hoje faltam revisores no jornal, a pessoa do revisor, não o revisor do computador", disse Joaquim Antônio de Assis Villar, 65.
MARCELO TOLEDO


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