Ribeirão Preto, Domingo, 06 de Fevereiro de 2011

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Problema deixou de ocorrer apenas nas metrópoles

Número de viciados em crack que buscam tratamento em Ribeirão teve aumento de 68,7% entre 2007 e 2009

Disseminação de cracolândias não é mais exclusividade de cidades como São Paulo, diz especialista da USP

DE RIBEIRÃO PRETO

O crescimento do número de viciados em crack entre os dependentes que buscam atendimento reforça a tese de que o problema deixou de ser uma exclusividade de grandes cidades como São Paulo.
A afirmação é de especialistas, que veem a disseminação de "cracolândias" pelos municípios, como em Ribeirão, como outro indício.
"Há relatos de várias regiões, mesmo em municípios pequenos, que confirmam a existência desses grupos que se reúnem em locais marginalizados", disse o psiquiatra Erikson Furtado, professor da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP. Na avaliação dele, há explicações para esse comportamento coletivo.
No caso das cracolândias, porém, a presença de viciados de nível socioeconômico inferior, muitas vezes moradores de rua, faz com que a formação de grandes grupos represente uma espécie de "proteção coletiva".
Em Ribeirão, o número de usuários de crack entre os dependentes que têm procurado auxílio mostra o crescimento do problema.
No Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), de 2007 a 2009, o número geral de novos pacientes cresceu 37,5%.
O total de viciados em crack em busca de ajuda, porém, avançou em ritmo bem maior, 68,7% -de 256 pessoas em 2007 para 432 em 2009. Os dados de 2010 ainda não foram fechados.
"[Antes] A procura maior por tratamento era de alcoolistas. Desde 2006, temos um aumento crescente de usuários de crack", afirmou a coordenadora do Caps, Maria Cristina Taveira.


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