Ribeirão Preto, Domingo, 06 de Fevereiro de 2011

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Cruz defende festival de ópera em Ribeirão

Maestro comanda hoje abertura do Juventude Tem Concerto, no Pedro 2º

Também spalla da Osesp, regente elogia qualidade dos músicos da ópera "La Bohème", que será em março

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DE RIBEIRÃO PRETO

Criar um festival de ópera em Ribeirão para tornar a cidade referência em música erudita no país. Esse é um dos planos do maestro Cláudio Cruz, regente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão, que abre hoje a temporada do Juventude Tem Concerto. Spalla da Osesp (Orquestra Sinfônica de São Paulo), o músico elogia Ribeirão e seu potencial. Confira os principais trechos da entrevista.

 

Folha - Quais os projetos da orquestra para 2011?
Cláudio Cruz
- A primeira grande novidade é a ópera que vamos fazer em março [dias 16, 18 e 20], "La Bohème", uma das mais famosas. Teremos solistas muito importantes, como o Fernando Portari, e um coro de 45 vozes excelentes de Ribeirão que, na seleção, me deixou surpreso pela qualidade.

O que é necessário para conseguir uma ópera? A última, "Rigoleto", foi em 2007.
É uma operação de guerra porque envolve 60 músicos, cerca de 70 cantores, entre 10 a 15 solistas, uma quantidade grande de profissionais, como costureiros, maquiadores, marceneiros, iluminadores, diretor de cena. Para você ter uma ideia, começamos a falar do "La Bohème" em 2007 e está acontecendo agora, em 2011.

É esse o tempo médio para montar uma ópera?
No momento que sinalizaram que o projeto estava aprovado, que o patrocínio estava bem encaminhado, esse início, aconteceu em setembro do ano passado. Em geral, é bom que tenha de sete a oito meses.

Você disse que se surpreendeu com a qualidade dos músicos aqui de Ribeirão. A que você atribui isso?
Acho que a USP tem uma parcela de contribuição e nós [orquestra] também. A faculdade de música [da USP] revolucionou. Quando eu cheguei aqui, em 2001, não tinha e o ambiente era completamente outro.

Folha - Qual era o cenário nessa época?
Era diferente. Não tinha tantos estudantes de música na rua. Hoje temos várias orquestras, tem orquestra de Câmara de Ribeirão Preto, temos a orquestra de alunos da USP, logo vamos ter outra orquestra na USP também. O primeiro recital que toquei aqui, como violinista, foi em 1987, quando as ruas eram todas com paralelepípedo.

Mas já tinha público?
O publico em Ribeirão sempre foi bom. Hoje temos um público mais jovem. Em parte, pelos projetos sociais da orquestra, entre eles o Juventude, que já tem 14 anos e ajudou a formar [público].

Folha - Hoje começa a temporada do Juventude Tem Concerto. Quais as novidades?
Haverá uma jovem violinista búlgara, Mariya Krastanova, de 21 anos, que vai tocar com a orquestra e apresentar temas de filmes relacionados à criança.


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