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Taquaritinga corta cargo de confiança e até café do servidor
Após queda de arrecadação no último bimestre, prefeitura quer economizar R$ 200 mil por mês com as medidas
Administração cancela celulares e 33 telefones fixos, proíbe hora extra e mantém na sua garagem
30% da frota de veículos
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com medo da queda na arrecadação, a Prefeitura de Taquaritinga decidiu cortar um terço
dos cargos de confiança, todas
as horas extras e até o cafezinho dos funcionários públicos.
O aperto no cinto inclui ainda o cancelamento de linhas fixas de telefone, do plano de celulares e o estacionamento de
30% da frota da administração
na garagem do município.
A lista de dez medidas de
ajuste nas contas foi anunciada
ontem pelo prefeito Paulo Delgado (DEM), que prevê economia de ao menos R$ 200 mil
mensais. Os cortes foram definidos após um susto com a queda de 30,6% na receita em março e abril em relação ao mesmo
período do ano passado.
A prefeitura teme que o Orçamento de R$ 60 milhões projetado para este ano não chegue
a R$ 50 milhões.
A medida de maior impacto
será o corte de hora extra. A
prefeitura calcula economizar
R$ 80 mil por mês. Também serão demitidas 20 pessoas que
ocupam cargos de confiança
como diretores de departamento. Os salários variam de
R$ 800 a R$ 1.500, o que evita
um gasto mensal de R$ 30 mil.
Os salários dos secretários
municipais (R$ 2.400) e de Delgado (R$ 6.000) não serão mudados, afirma o prefeito, porque são valores fixados pela Câmara no mandato anterior.
Taquaritinga também vai
suspender a concessão de férias
para deixar de pagar um terço
do salário a mais, o que significa
R$ 40 mil no cofre.
Em infraestrutura, os servidores perderão 33 linhas de telefone fixo (R$ 10 mil por mês
de economia) e não contarão
mais com o plano de celulares
(menos R$ 7.000 de gastos).
Até o café servido em todas as
repartições municipais será
cortado. "O café nos custa
R$ 5.000 por mês. Isoladamente parece pouco, mas se juntar
faz diferença", disse o prefeito.
Delgado alega que os cortes
não afetam áreas como educação e saúde. Porém, haverá ambulâncias paradas no pátio e o
responsável por coordená-las
terá de usar só telefone fixo.
O Sindicato dos Servidores
Municipais passou o último fim
de semana negociando com o
prefeito para que as restrições
não fossem drásticas. "Seremos
penalizados por um lado, mas
também conseguimos receber
em dia o salário", disse o presidente, Gilberto Favero.
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