Ribeirão Preto, Quarta-feira, 06 de Maio de 2009

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Taquaritinga corta cargo de confiança e até café do servidor

Após queda de arrecadação no último bimestre, prefeitura quer economizar R$ 200 mil por mês com as medidas

Administração cancela celulares e 33 telefones fixos, proíbe hora extra e mantém na sua garagem 30% da frota de veículos


JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Com medo da queda na arrecadação, a Prefeitura de Taquaritinga decidiu cortar um terço dos cargos de confiança, todas as horas extras e até o cafezinho dos funcionários públicos.
O aperto no cinto inclui ainda o cancelamento de linhas fixas de telefone, do plano de celulares e o estacionamento de 30% da frota da administração na garagem do município.
A lista de dez medidas de ajuste nas contas foi anunciada ontem pelo prefeito Paulo Delgado (DEM), que prevê economia de ao menos R$ 200 mil mensais. Os cortes foram definidos após um susto com a queda de 30,6% na receita em março e abril em relação ao mesmo período do ano passado.
A prefeitura teme que o Orçamento de R$ 60 milhões projetado para este ano não chegue a R$ 50 milhões.
A medida de maior impacto será o corte de hora extra. A prefeitura calcula economizar R$ 80 mil por mês. Também serão demitidas 20 pessoas que ocupam cargos de confiança como diretores de departamento. Os salários variam de R$ 800 a R$ 1.500, o que evita um gasto mensal de R$ 30 mil.
Os salários dos secretários municipais (R$ 2.400) e de Delgado (R$ 6.000) não serão mudados, afirma o prefeito, porque são valores fixados pela Câmara no mandato anterior.
Taquaritinga também vai suspender a concessão de férias para deixar de pagar um terço do salário a mais, o que significa R$ 40 mil no cofre.
Em infraestrutura, os servidores perderão 33 linhas de telefone fixo (R$ 10 mil por mês de economia) e não contarão mais com o plano de celulares (menos R$ 7.000 de gastos).
Até o café servido em todas as repartições municipais será cortado. "O café nos custa R$ 5.000 por mês. Isoladamente parece pouco, mas se juntar faz diferença", disse o prefeito.
Delgado alega que os cortes não afetam áreas como educação e saúde. Porém, haverá ambulâncias paradas no pátio e o responsável por coordená-las terá de usar só telefone fixo.
O Sindicato dos Servidores Municipais passou o último fim de semana negociando com o prefeito para que as restrições não fossem drásticas. "Seremos penalizados por um lado, mas também conseguimos receber em dia o salário", disse o presidente, Gilberto Favero.


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