Ribeirão Preto, Sexta-feira, 06 de Maio de 2011

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Alunos da USP-Ribeirão pedem segurança

Em carta à coordenadoria do campus, eles pedem mudanças estruturais na recém-construída Vila Estudantil

Coordenação diz que não poderia responder sobre as reivindicações porque a carta que chegou é "informal"


Edson Silva/Folhapress
Estudantes da USP de Ribeirão fazem manifestação em protesto ao fechamento do dos portões do Centro de Vivência

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Alunos da USP de Ribeirão Preto reivindicam, em carta endereçada à coordenadoria do campus, mudanças estruturais na recém-construída Vila Estudantil para reforçar a segurança local.
A moradia fica a um quilômetro da entrada mais próxima do campus, ao lado de um terreno descampado.
A partir da semana que vem, ela deve começar a ser ocupada pelos estudantes. Cada um dos quatro prédios tem a capacidade para abrigar 34 moradores.
Na primeira etapa, cerca de 70 alunos que vivem no Creu (Conjunto Residencial dos Estudantes da USP) devem ser transferidos para dois de quatro blocos.
Na carta, estudantes pedem para que cinco itens sejam revistos antes da mudança deles para lá.
A coordenadoria do campus afirma que a lista foi entregue informalmente e que, por isso, não pode comentar a situação da moradia.
De acordo com o estudante de economia Douglas Municelli, 26, os pontos foram levantados após uma reunião dos alunos na terça.
Ele diz que os relatos de casos de roubo na região da moradia os deixaram em alerta. "Pelo menos 15 boletins de ocorrência de roubos já foram registrados na região. Ficamos preocupados porque a área é afastada."
Para reforçar a segurança no local, os alunos pedem que dois vigias façam a ronda no período entre 19h e 7h e que a iluminação local seja modificada. "Fizemos uma visita ao local e percebemos que os postes de dentro da vila iluminam uma área muito pequena", disse Municelli.

ÔNIBUS
Outra reivindicação dos estudantes é a alteração do trajeto do circular da universidade para que ele faça o percurso entre o campus e a vila depois das 23h.
Segundo Igor Soares Amorin, 22, o último circular passa às 22h45, o que prejudica alunos que precisam ficar mais tempo nas faculdades.
"Quem morar lá não vai poder ficar para [por exemplo] conversar com um orientador porque vai ter que ir a pé", afirmou.
Segundo os alunos, funcionários da segurança do campus calcularam que apenas 60% da área da vila pode ser considerada segura.
A construção de uma guarita na avenida Governador Lucas Nogueira Garcez, na parte anterior da vila, é apontada pelos alunos como uma solução para tornar mais seguro o percurso.
Adequações dentro dos apartamentos também fazem parte da lista de pedidos dos futuros moradores da vila. Segundo eles, uma estrutura completa - com cozinha, sala e lavanderia- reduziria a circulação noturna e os riscos.
Os apartamentos visitados pela Folha são individuais e possuem uma cama, um guarda-roupa embutido e estantes para livros.


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