Prefeita diz que cidade foi incluída no PAC da Drenagem e que haverá desapropriações

Ministério das Cidades vai repassar R$ 49,4 milhões, segundo Dárcy; União diz que só confirma cidades beneficiadas na quarta

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), anunciou ontem que as obras contra enchentes em andamento na região da "Baixada" terão mais R$ 52 milhões e que será necessário desapropriar casas na Vila Virgínia para a conclusão.
Segundo Dárcy, R$ 49,46 milhões serão repassados ao município pelo Ministério das Cidades. O restante, R$ 2,63 milhões, virá da prefeitura.
O município, de acordo com a prefeita, foi um dos cem contemplados pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Drenagem, programa que o governo federal só divulga na próxima quarta.
Contatada pela Folha, a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades disse que não vai confirmar a informação antes do anúncio oficial do PAC.
A obra, que prevê o alargamento dos canais do córrego Retiro Saudoso, na avenida Francisco Junqueira, e do Ribeirão Preto, na Jerônimo Gonçalves, é considerada uma das principais intervenções contra as enchentes que todos os anos atingem a região central da cidade.
Para resolver o problema na Vila Virgínia, especialmente na região da av. Álvaro de Lima, a prefeitura divulgou ontem que vai desapropriar imóveis, mas não revelou quantos. Segundo ela, isso ainda está sendo calculado pela Secretaria de Planejamento e Gestão Pública.
A desapropriação não sairá dos R$ 52 milhões, que deverão ser usados para o alargamento do canal do Ribeirão Preto a partir da rua Martinico Prado, na Vila Tibério, até a rua Primo Tronco, na Vila Virgínia.
Segundo Dárcy, o recurso será concedido em forma de empréstimo. A prefeitura poderá optar tanto por firmar um contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e pagar o empréstimo em oito anos, como acordar com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Nesse caso, o parcelamento pode ser feito em até 20 anos.
Conforme antecipou a Folha em maio, na próxima etapa da obra, prevista para ser licitada em 60 dias, a prefeitura pretende extrair e replantar as palmeiras da avenida Jerônimo Gonçalves que tiverem menos de 14 metros no parque Maurilio Biagi, ao lado da Câmara. São 130 árvores ao todo entre palmeiras imperiais e reais.


Texto Anterior: Painel Regional
Próximo Texto: Lei em Ribeirão veta celular em escolas
Índice