Ribeirão Preto, Segunda-feira, 06 de Dezembro de 2010

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FOCO

Rumo ao trabalho, vendedor bateu moto

Márcia Ribeiro/Folhapress
Éder Silva, uma das vítimas dos acidentes em Ribeirão, faz fisioterapia em sua casa

DE RIBEIRÃO PRETO

No segundo dia no novo trabalho como vendedor, em março, Éder Rodrigo Machado da Silva, 28, estava feliz e com muitos planos.
O relógio marcava pouco menos de 8h quando ele saiu de casa dirigindo sua motocicleta, no parque Tom Jobim, em Ribeirão Preto, e seguiu pela Via Norte.
Em menos de 20 minutos tudo na vida de Silva mudou de forma brusca. Ele não se lembra como ocorreu, mas, quando acordou, estava tetraplégico. Não mexia nada do pescoço para baixo.
"As testemunhas contaram que um carro me fechou e eu bati com tudo em um poste. Não me lembro de nada do acidente."
Silva engrossa a lista de ribeirão-pretanos que, por causa dos acidentes, tiveram reflexos diretos na rotina.
Ele parou de trabalhar, passou por várias cirurgias, faz fisioterapia duas vezes por semana e já conseguiu voltar a ter alguns movimentos nos braços e um pouco de sensibilidade nas pernas.
"Ainda falta muito para eu voltar ao que era antes. O mais difícil é a aceitação, a dependência para fazer coisas simples. Sua vida para de uma hora para outra e o baque é muito forte."
Mesmo com tudo o que passou, Silva afirma que não ficou com traumas psicológicos do acidente. Ele afirma que, caso conseguisse recuperar os movimentos, voltaria a andar de motocicleta.
"Tenho vontade e acho que se não tivesse perdido os movimentos nunca teria deixado de andar de moto."
Já a estudante Clarice de Souza, 18, se lembra bem do acidente que sofreu no início do ano. Ela voltava de bicicleta para sua casa, no Campos Elíseos, durante a noite, quando foi atingida por um carro. O motorista do veículo não teria visto a estudante no momento do acidente.
Na queda, a jovem fraturou o braço direito em dois lugares e quebrou os dentes. "A minha sorte é que o carro estava devagar, senão eu teria morrido", afirmou.
A estudante teve que passar por cirurgia para reparar os danos causados pelas fraturas e atualmente faz fisioterapia para conseguir voltar a mexer o braço normalmente.
"É difícil porque é justo o braço direito, com o qual escrevo e faço tudo. Mas tenho consciência que tudo poderia ter sido muito pior."


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