DA FOLHA RIBEIRÃO

A produção de açúcar nas usinas da região de Ribeirão Preto, e também no país, só não será ainda maior por causa da limitação de fabricação de algumas unidades.
A maioria das novas usinas, especialmente as surgidas com o novo boom do setor sucroalcooleiro, a partir de 2006, iniciaram as atividades apenas como destilarias, ou seja, produzindo somente álcool.
Na região de Ribeirão Preto, mais tradicional polo sucroalcooleiro do país, há 45 usinas, das quais dez produzem somente etanol -isso significa que 22,22% não têm condições de produzir açúcar. Trinta e três produzem açúcar e álcool e duas, somente açúcar.
"Por mais que a produção de açúcar aumente nas usinas tradicionais, em percentual não haverá tanto crescimento, porque as plantas novas vão continuar produzindo só álcool, o que manterá a liderança do etanol", disse o diretor regional da Unica, Sérgio Prado.
A expectativa é que, das 550 milhões de toneladas de cana-de-açúcar previstas para a safra deste ano no Centro-Sul do país, 42,1% se transforme em açúcar, contra 39,5% da safra passada. O resto será álcool.
No país, segundo levantamento do Ministério da Agricultura, 150 das 413 unidades produzem apenas álcool, (36,32% do total). A maioria -248- é mista, enquanto 15 fabricam exclusivamente açúcar. "As usinas que só fazem açúcar vão se salvar [dos problemas do setor]. Mas, e as que não fazem? Quem só atua como destilaria vai sofrer", afirmou Prado.


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