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Álcool sobe em toda a região e atinge R$ 1,599 nos postos
Preço já é praticado em postos de Ribeirão, São Carlos, Matão e Jaboticabal
Para economista, chuva, priorização do açúcar e a elevação da cotação resultaram no aumento, que pode não ser o último
DA FOLHA RIBEIRÃO
O preço do litro do álcool
combustível subiu em toda a
região de Ribeirão e já é encontrado nos postos a R$ 1,599, dez
centavos a mais que o valor praticado na última semana.
Em Ribeirão Preto, postos
com bandeira (de marca) já estão comercializando o etanol
por esse valor, o mesmo praticado em postos de São Carlos,
Matão e Jaboticabal.
Desde o início de setembro, o
litro do álcool aumentou 20%,
de R$ 0,74 para R$ 0,89, segundo dados do Cepea (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Desde então, foram dois aumentos sucessivos nos postos.
Em média, o preço do combustível estava estacionado em R$
1,29 no início de setembro, patamar que deve passar agora
para R$ 1,59.
Segundo o presidente regional do Sincopetro (Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de
SP), Oswaldo Manaia, as usinas
são responsáveis pelos reajustes. Ele ainda diz que, com o novo custo repassado pelas distribuidores, a maior parte dos
postos deve aumentar o preço.
Para o economista José Carlos Lima, do Markestrat, órgão
ligado à USP, o período de chuva abundante -que diminuiu a
oferta de cana-, a prioridade
para a produção de açúcar e a
elevação normal da cotação da
cana nesta época do ano resultaram no aumento do produto.
Segundo Lima, há espaço para
novos aumentos.
Mesmo com a volatilidade
normal no mercado de álcool, o
diretor regional da Unica
(União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Sérgio Prado, disse
que dificilmente o preço voltará ao nível de abril, quando saiu
das usinas a R$ 0,58 e chegou a
ser vendido a R$ 0,79 nos postos. O que irá regular os preços
para o mercado, segundo ele,
serão os carros flex. "Quando se
tornar inviável abastecer com
álcool, o consumidor pode fazer outra escolha", disse.
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