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Mata de Santa Tereza vai ganhar faixas de proteção
Revisão do Plano Diretor de Ribeirão cria cinturões de defesa da área verde
Conselho Municipal de Urbanismo afirma que
a proteção da área é um dos principais aspectos desta etapa de revisão
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
A proposta preliminar de
revisão do Plano Diretor de
Ribeirão Preto prevê a criação de faixas de restrição para a construção civil e urbanização ao redor da mata de
Santa Tereza, como medida
de proteção ao ecossistema.
Depois da área de recarga
do aquífero Guarani, na região leste da cidade, o remanescente de vegetação nativa
na zona oeste é a "bola da
vez" nos debates para preservação ambiental no município dentro da nova Lei de Uso
e Ocupação do Solo.
O secretário do Planejamento de Ribeirão, Fernando
Piccolo, disse que a medida
ajudará a manter "a paisagem". Para isso, foram propostas normas que vão desde
a quantidade de pessoas por
hectare até a altura e a distância entre os prédios.
O Comur (Conselho Municipal de Urbanismo) classifica os "cinturões" de proteção
à mata um como um dos pontos mais importantes dessa
etapa de revisão do plano,
mas deverá debater o tema
antes de emitir um parecer,
segundo o presidente Fernando Freire.
"Após as audiências públicas regionais, em que estão
sendo colhidas as demandas
da população, o Comur fará
reuniões internas para, em
seguida, debater todos os assuntos com a prefeitura",
disse o presidente.
A estrada que hoje corta a
mata será fechada. Um TAC
(Termo de Ajustamento de
Conduta) foi assinado no final de agosto determinando
prazo de até dois anos para o
fechamento da via e a abertura de uma rota alternativa.
A justificativa do Ministério Público, que determinou
a eliminação da estrada, é
que a passagem causa danos
ambientais no maior remanescente de mata atlântica
de Ribeirão. A Santa Tereza
tem 154,16 hectares.
A Vale do Ipê construirá a
rota, que terá cerca de 3 km e
é orçada em R$ 2 milhões. A
empresa fará a obra porque
tem contrato com donos das
terras próximas para exploração imobiliária.
Se aprovada a proposta do
novo Plano Diretor, Ribeirão
terá uma expansão da área
urbana em 2.000 hectares na
zona norte e mais 900 hectares na região nordeste.
Será um avanço do perímetro urbanizável de 29 milhões de m2 nos dois setores.
Já na região leste, que abriga
área de recarga do aquífero
Guarani, o território urbano
perderá 14,5 milhões de m2,
se respeitado o "tratado de
paz" mediado pelo Ministério Público e apresentado em
junho na prefeitura.
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