Ribeirão Preto, Terça-feira, 07 de Dezembro de 2010

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Consumo de etanol cresce mais que frota

Ribeirão utilizou 218 milhões de litros em 2009, ou 19,2% a mais do que em 2008; já total de carros cresceu 8%

Proporcionalmente, o aumento de consumo foi maior na cidade do que em Campinas e também em Guarulhos

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

O consumo de etanol em Ribeirão Preto cresceu 19,2% enquanto a frota de carros teve aumento de 8%. Os dados são de 2009 em comparação com 2008.
Os veículos consumiram 218,1 milhões de litros no ano passado, 35 milhões de litros a mais do que o utilizado no ano anterior.
Já a frota de automóveis cresceu de 202 mil para 218 mil -os dados excluem ônibus, motos, e caminhões.
O consumo de álcool consta no Anuário Estatístico de 2009 da Secretaria de Estado de Saneamento e Energia, obtido pela Folha.
É como se cada carro de Ribeirão tivesse usado 997,7 litros de etanol no ano passado, ou 93 litros a mais do que no ano anterior.
O crescimento percentual em Ribeirão do consumo de etanol (ou álcool) só foi superado pelo da capital, que registrou alta de 23,9%. Em Campinas, o aumento foi de 18% e em Guarulhos, a segunda maior cidade paulista, ficou em 15,5% (veja quadro nesta página).
Na opinião de Oswaldo Manaia, presidente regional do Sincopetro, que representa os postos de combustíveis, o álcool foi mais procurado porque os preços estão mais competitivos.
"Hoje, a frota nova de carros é toda flex, e muitos veículos que não têm essa opção estão sendo adaptados para aceitar também o álcool", disse Manaia.
Como o álcool tem um rendimento médio de 70% da gasolina, que hoje custa R$ 2,599, o etanol só deixaria de ser vantajoso se ultrapassasse o preço de R$ 1,819 -o preço hoje do álcool oscila entre R$ 1,50 e R$ 1,69, segundo Manaia.
Além do aumento da frota de flex, o diretor regional da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Sérgio Prado, vê explicações para o aumento de consumo com a melhora do padrão de vida.
"A renda média das famílias cresceu. Com isso, elas viajam mais e passeiam mais, porque têm uma situação mais confortável."


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