Ribeirão Preto, Sábado, 08 de Janeiro de 2011

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Salário médio de cooperado é de R$ 400

DE RIBEIRÃO PRETO

Em comum, a história dos que trabalham na cooperativa Mãos Dadas revela um passado em meio às ruas, quando juntavam latinhas de cerveja e papelão. Hoje, estão organizados e pagam a previdência, mas o dinheiro ainda é curto: ganham em média R$ 400 por mês.
Maria Solange de Brito, 49, baiana de Riacho de Santana, quase não consegue quitar as contas com renda de R$ 250 a R$ 300. Ela diz se lembrar de quando chegou a Ribeirão, há 18 anos, e como foi parar nas ruas.
"Eu trabalhei de camareira em motel, varri rua. Mas um dia eu e meu ex-marido decidimos comprar um cavalo e fomos catar lixo na rua."
Do trabalho na cooperativa dependem ela e seis dos nove filhos. O benefício do Bolsa Família foi cortado há dois anos porque a filha mais velha não queria ir à escola.
Ela mora no bairro Branca Sales, periferia de Ribeirão, onde fica a cooperativa.
Não gasta com transporte, mas vive de aluguel, que lhe custa R$ 70 por mês.
Já Sônia Barufalti, 64, mora no Tanquinho. Há oito meses está na cooperativa, após deixar o serviço pesado de faxinas. Antes de chegar à cooperativa, passou seis anos catando latas nas ruas.
De acordo com o promotor Sebastião Donizete dos Santos, a segunda central de triagem de lixo, que funcionará no bairro Simioni, deve dobrar o número de cooperados e de lixo separado.


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