Criança estava com prima no minimercado quando local cedeu, em Franca; outras duas pessoas sofreram ferimentos

Família do garoto morava na cidade havia 2 semanas; não chovia no momento do acidente e a causa da queda será investigada pela polícia

JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A queda do teto de um minimercado causou a morte de uma criança de três anos e deixou outras duas pessoas feridas em Franca, no Parque Vicente Leporace 1, anteontem.
O menino Tiago França estava acompanhado da prima Aline Cristina Nogueira, 21, no momento em que o teto da estrutura de madeira e coberta por telhas que fica em frente ao estabelecimento caiu, por volta das 16h30 de sábado.
Ele foi resgatado e levado para a Santa Casa de Franca, onde foi diagnosticado um traumatismo craniano. Encaminhado ao CTI (Centro de Terapia Intensiva), o garoto morreu por volta das 22h de anteontem.
Não chovia no momento do acidente. As causas da queda do teto serão investigadas pela Polícia Civil.
De acordo com relato do proprietário do estabelecimento, Amarildo Palhares, aos bombeiros que participaram do atendimento às vítimas, a cobertura tinha pouco mais de dois anos, havia passado por reformas recentemente e não apresentava sinais de que poderia desabar. A Folha não conseguiu localizar Palhares ontem, para que ele falasse sobre o acidente.
Segundo o primo do garoto e irmão de Nogueira, Ronaldo Bazon, 41, o minimercado é frequentado assiduamente por sua família, que não vê culpa do dono do estabelecimento pelo que aconteceu. "Foi um acidente brutal e entendemos isso como uma fatalidade", disse.
De acordo com ele, Tiago estava vivendo em Franca com os pais e dois irmãos havia apenas duas semanas. A família morava em São Paulo e os pais decidiram se mudar para Franca em busca de novas oportunidades profissionais, disse Bazon.
Com a clavícula quebrada e luxações nas pernas, Nogueira também foi levada para a Santa Casa, onde foi medicada e liberada no mesmo dia.
De acordo com seu irmão, ela e o garoto haviam ido ao minimercado comprar pães. Estavam de saída quando pararam sob a marquise para que ela pudesse descascar uma bala para Tiago. Foi quando a estrutura veio abaixo.
"Ela disse que foi tudo muito rápido, que não deu tempo de escapar", afirmou. Nogueira ainda teria dito ao irmão não ter ouvido barulhos ou visto indícios de que o acidente poderia ocorrer.
A terceira vítima do desabamento, Regina Aparecida Prado, 52, também sofreu fraturas nas pernas e foi encaminhada para a Santa Casa de Franca, onde foi examinada e liberada ainda na noite de sábado.


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