Ribeirão Preto, Terça-feira, 08 de Fevereiro de 2011

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MORTE DE DELEGADO

Viúva defende penas maiores para condenados por homicídio

DE RIBEIRÃO PRETO - A dona de casa Magnólia Dantas Pimentel Taroco, 42, viúva do delegado de Jaboticabal Adelson Taroco, defendeu ontem penas maiores aos sete condenados pela morte do marido durante os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2006.
Segundo sentença dada anteontem pela juíza Carmen Silvia Alves com base na decisão dos jurados, quatro dos criminosos terão de cumprir 22 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Os outros três deverão ficar presos por 16 anos.
"Pelo que fizeram com meu marido, acho que as condenações foram pequenas", disse. Os criminosos são acusados de render o delegado, amarrá-lo num colchão e atear fogo. Taroco foi socorrido, mas morreu depois de 20 dias de internação em Ribeirão.
Outros dois detentos foram condenados, respectivamente, a três e quatro anos de prisão por incêndio e danos ao patrimônio público. "Deveria ter sido pena máxima para todos. Agora, acredito na Justiça de Deus", disse Magnólia.
O promotor Paulo Henrique de Oliveira Arantes afirmou ontem que vai analisar "caso por caso" as sentenças para decidir se recorre ou não das penas que foram aplicadas. "Vou fazer isso, inclusive, em memória ao doutor Taroco", disse. O prazo é de 15 dias.
O julgamento durou quatro dias e foi acompanhado por outros policiais e pelos familiares dos acusados.
O presidente do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo, George Melão, criticou as penas. "Foram muito brandas", disse. A juíza não foi localizada ontem pela reportagem para comentar o caso.


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