|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Petrobras obtém licença para alcoolduto
Projeto terá ponto coletor em Ribeirão, com capacidade para 12,8 milhões de metros cúbicos de álcool por ano
Obra vai concorrer com outro duto de 570 km, que reúne 88 usinas de 5 Estados e também passa por Ribeirão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO
A Petrobras recebeu ontem, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis), a licença ambiental
prévia que faltava para dar
início às obras do Sistema de
Escoamento Dutoviário de
Etanol (alcooduto).
O projeto prevê a construção de dutos para o transporte do álcool produzido no
Centro-Oeste, Minas Gerais e
interior de São Paulo para
um terminal em Taubaté, no
Vale do Paraíba, de onde seguirá para portos em São Sebastião e no Estado do Rio.
O primeiro trecho a ser
construído será entre Ribeirão Preto e Paulínia, na região de Campinas. Nessa etapa serão gerados, segundo
estimativas da Petrobras,
2.400 empregos diretos e até
9.000 indiretos.
O traçado original, com
542 quilômetros de extensão,
que deve começar em Uberaba (MG), poderá ser ampliado até a cidade goiana de Senador Canedo.
No site da empresa, a informação é que o ponto coletor de Ribeirão deverá entrar
em funcionamento no segundo trimestre de 2011, com
capacidade para transportar
12,8 milhões de metros cúbicos de álcool por ano.
Este é o segundo projeto
de um duto de álcool passando por Ribeirão. O outro, que
está em fase de licenciamento, é o da Uniduto, empresa
composta por 88 usinas, algumas da região.
O projeto financiado por
grandes produtores de álcool, entre eles Cosan, São
Martinho e associados da Copersucar, terá 570 quilômetros de comprimento e deverá entrar em operação até
2013. Pelo menos dois grupos, Guarani e São Martinho,
já anunciaram que vão utilizar os dois sistemas.
O traçado anunciado pela
Uniduto indica que o etanol
produzido em Goiás, no sudeste mineiro, em Mato Grosso do Sul e no Paraná chegará a Serrana, via FCA (Ferrovia Centro Atlântica), seguindo por duto para Paulínia,
após passar por Ribeirão.
Além de Serrana, as cidades de Botucatu, Anhembi e
Santa Bárbara também terão
pontos de coleta. Todo o álcool transportado pela Uniduto será exportado pelo
porto do Guarujá.
Sérgio Prado, diretor da
Unica (União da Indústria da
Cana de Açúcar), disse que
não falaria sobre a concorrência entre as duas empresas (Petrobras e Uniduto),
mas reconheceu a importância dos projetos.
"O que posso dizer é que a
construção dos dutos é um
consenso", disse Prado. "A
infraestrutura viária comporta mais o volume de etanol
produzido nessas regiões".
Texto Anterior: Maconha era plantada em mais 2 áreas Próximo Texto: Foco: Embaixador dos EUA visita produção regional de etanol Índice
|