Ribeirão Preto, Domingo, 08 de Agosto de 2010

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"Empresário-eleitor" lista prioridades

Setores da economia local querem de eleitos atenção para corte de impostos, mais crédito e menos burocracia

Reforma no sistema tributário beneficiaria produtos da região como o etanol, afirmam entidades empresariais

DE RIBEIRÃO PRETO

Se pudessem anotar na agenda dos próximos representantes do Estado e do país as políticas públicas prioritárias para a região de Ribeirão nos próximos anos, empresários colocariam no topo da lista a palavra imposto combinada a outras como reforma, corte e racionalização.
Setores representativos da economia local apontam o crédito, a burocracia e o ambiente legal para negócios, entre outros, como gargalos.
Quanto à infraestrutura local, as reclamações são poucas, em quantidade inversa à dispensada a problemas nos portos brasileiros utilizados para escoar a produção da região para o mundo.
Para a diretora regional da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto), Mônika Bergamaschi, o sistema tributário é confuso e ineficiente. Na região isso afeta um produto da economia: o etanol.
Em São Paulo, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o combustível é de 12%, ante 24% no vizinho ao norte Minas Gerais.
Caso a alíquota que impulsionou o consumo do etanol em São Paulo fosse estendida a todos, beneficiaria toda a cadeia, diz o presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), Ismael Perina Júnior.
Para o setor de calçados, motor da economia de Franca, uma reforma tributária para desonerar a produção e recompensar os exportadores também seria prioridade, afirma o presidente do Sindifranca (Sindicado da Indústria de Calçados de Franca), José Carlos Brigagão.
Outro defensor de uma reforma para modernizar o sistema de impostos, o presidente do Ceise BR (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético), Adézio Marques, diz que a redução dos juros para as empresas obterem crédito é item fundamental.
Representante de um setor que reúne pelo menos 70 indústrias em Ribeirão, o presidente dos empresários da APL-EMHO (Arranjo Produtivo Local da Indústria de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos), Jean Cássio Ferreira Lima, da Odonto Medics, disse esperar menos burocracia por parte do setor público.
Segundo ele, atualmente uma tecnologia desenvolvida pelas indústrias da cidade espera até 14 meses pela aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), quando o prazo deveria ser de 90 dias.
Impostos, burocracia e ambiente pouco atrativo para investimentos são obstáculos que deveriam estar na pauta de "desinfernização da vida do empresário", diz o diretor-presidente do ParqTec (Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos), Sylvio Goulart Rosa Jr. (JEAN DE SOUZA)


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