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"Empresário-eleitor" lista prioridades
Setores da economia local querem de eleitos atenção para corte de impostos, mais crédito e menos burocracia
Reforma no sistema tributário beneficiaria produtos da região como o etanol, afirmam entidades empresariais
DE RIBEIRÃO PRETO
Se pudessem anotar na
agenda dos próximos representantes do Estado e do país
as políticas públicas prioritárias para a região de Ribeirão
nos próximos anos, empresários colocariam no topo da
lista a palavra imposto combinada a outras como reforma, corte e racionalização.
Setores representativos da
economia local apontam o
crédito, a burocracia e o ambiente legal para negócios,
entre outros, como gargalos.
Quanto à infraestrutura local, as reclamações são poucas, em quantidade inversa à
dispensada a problemas nos
portos brasileiros utilizados
para escoar a produção da região para o mundo.
Para a diretora regional da
Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto), Mônika Bergamaschi, o sistema tributário é
confuso e ineficiente. Na região isso afeta um produto da
economia: o etanol.
Em São Paulo, o ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) sobre o combustível é de 12%,
ante 24% no vizinho ao norte
Minas Gerais.
Caso a alíquota que impulsionou o consumo do etanol
em São Paulo fosse estendida a todos, beneficiaria toda
a cadeia, diz o presidente da
Orplana (Organização dos
Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), Ismael Perina Júnior.
Para o setor de calçados,
motor da economia de Franca, uma reforma tributária
para desonerar a produção e
recompensar os exportadores também seria prioridade,
afirma o presidente do Sindifranca (Sindicado da Indústria de Calçados de Franca),
José Carlos Brigagão.
Outro defensor de uma reforma para modernizar o sistema de impostos, o presidente do Ceise BR (Centro
Nacional das Indústrias do
Setor Sucroalcooleiro e Energético), Adézio Marques, diz
que a redução dos juros para
as empresas obterem crédito
é item fundamental.
Representante de um setor
que reúne pelo menos 70 indústrias em Ribeirão, o presidente dos empresários da
APL-EMHO (Arranjo Produtivo Local da Indústria de
Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos),
Jean Cássio Ferreira Lima, da
Odonto Medics, disse esperar
menos burocracia por parte
do setor público.
Segundo ele, atualmente
uma tecnologia desenvolvida pelas indústrias da cidade
espera até 14 meses pela
aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), quando o prazo
deveria ser de 90 dias.
Impostos, burocracia e
ambiente pouco atrativo para investimentos são obstáculos que deveriam estar na
pauta de "desinfernização da
vida do empresário", diz o diretor-presidente do ParqTec
(Fundação Parque de Alta
Tecnologia de São Carlos),
Sylvio Goulart Rosa Jr.
(JEAN DE SOUZA)
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