Ribeirão Preto, Terça-feira, 08 de Novembro de 2011

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Prefeitura não sabe o que fazer com camelôs no Natal

Obras no novo camelódromo não devem terminar até o início de dezembro

Gestão estuda abrigar ambulantes em outro prédio, mas não descarta permitir que eles fiquem no calçadão

Edson Silva/Folhapress
Bolsas vendidas por camelô no calçadão da General Osório

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Com a indefinição das obras para o novo camelódromo, a Prefeitura de Ribeirão Preto já admite que não sabe o que fazer com os camelôs que ocupam a região central neste fim de ano, época das vendas para o Natal.
O novo prédio para os ambulantes, anunciado em abril do ano passado para funcionar no Natal já daquele ano, até hoje não passou pela anunciada reforma.
Antes abrigo de mendigos e usuários de drogas, o prédio alugado pela prefeitura na rua General Osório, no final do calçadão, hoje está lacrado, mas vizinhos ainda reclamam de mau cheiro. Como a Folha publicou em outubro, a gestão Dárcy Vera (PSD) já gastou R$ 153 mil com 15 meses de aluguel do prédio, que não foi usado.
O chefe do Departamento de Fiscalização-Geral, Osvaldo Braga, afirmou que a reforma do prédio deve começar neste mês, mas admitiu que é "impossível terminar a obra até 1º de dezembro".
"Teremos de acomodar os camelôs em outro local [enquanto a reforma é feita]", afirmou Braga.
Uma das hipóteses cogitadas é a de abrigar os camelôs em um outro prédio por alguns meses. Uma das opções, segundo Braga, seria um outro imóvel na General Osório, onde funcionava a loja Ricardo Electro. Mas Adair Porfírio, diretor da Pirâmide Imóveis, imobiliária responsável pelo prédio, descarta que o imóvel possa servir como um camelódromo temporário, mesmo por alguns meses.

'DAQUI NÃO SAIO'
Braga também não descarta manter os camelôs nas ruas durante dezembro, como ocorreu no Natal de 2010. Camelôs do calçadão ouvidos pela Folha se negam a sair do local para ir a outro prédio que não seja o previsto inicialmente. Edilson de Souza do Nascimento, 43, camelô há nove anos e membro da comissão que representa os ambulantes, disse que a promessa era de eles se mudarem para o novo local em agosto.
"Eles vão ter de segurar a bronca nossa aqui de novo no calçadão porque não cumpriram a promessa", afirmou. Para a camelô Renata Maria da Silva, 36, a transferência neste momento afetaria as vendas. "Tinha de ser antes, porque agora os clientes nem vão saber que a gente está lá [no novo prédio]."
Celina Santos, 30, ambulante há cinco anos, pensa deixar o calçadão no Natal se não houver uma definição. "Está chegando o Natal e a fiscalização já aumentou. Tem muito fiscal novo. Deus me livre perder a mercadoria. Prefiro vender minhas coisas em outro lugar."


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