Ribeirão Preto, Quarta-feira, 08 de Dezembro de 2010

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Fim de enchentes "pede" mais R$ 550 mi

Valor é o estimado por plano de macrodrenagem e secretário de Obras para combate inundações em Ribeirão

O problema é que o valor representa quase 40% do Orçamento 2011 do município, previsto em R$ 1,42 bilhão

Silva Junior-3.dez.10/Folhapress
Vista da av. Francisco Junqueira durante a chuva da última sexta que provocou inundação em vários pontos de Ribeirão

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão Preto não estará livre de inundações como a da última sexta-feira se não forem gastos mais R$ 550 milhões em obras de combate a enchentes. É o que indica o novo plano de macrodrenagem e a própria prefeitura.
Nesse valor não estão inclusos os cerca de R$ 99 milhões que já estão sendo gastos nas obras antienchente da Jerônimo Gonçalves.
O problema é que os R$ 550 milhões correspondem a quase 40% do Orçamento 2011 do município, que é estimado em R$ 1,42 bilhão.
O plano de macrodrenagem finalizado pela SHS Consultoria, que foi parcialmente apresentado ao Ministério Público na semana passada, projeta investimentos de R$ 400,5 milhões. A Promotoria identificou falhas técnicas em algumas propostas e vai cobrar alterações.
O estudo, encomendado pela prefeitura, custou R$ 600 mil e aponta como prioridade a construção de mais dez barragens em cursos d'água que chegam a Ribeirão.
"É evidente que só papel não resolve os problemas. É necessário que as obras sejam executadas", disse Swami Villela, professor da USP de São Carlos e diretor-técnico da SHS Consultoria. Para Villela, as obras têm de acontecer a curto prazo.
Além dos R$ 400,5 milhões, o secretário de Obras, Abranche Fuad Abdo, estima que serão necessário outros R$ 150 milhões para obras antienchente. Segundo ele, só a Via Norte precisa de ações em sete quilômetros. Há necessidade ainda de construir barragens no Royal Park, projetada há 25 anos, e no córrego da Serraria.
"Independentemente disso, o combate à enchente é um trabalho que não pode parar nunca, tem de acompanhar o crescimento da cidade", disse Abranche.


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