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Médicos e dentistas municipais ameaçam paralisar em abril
Profissionais querem salário-base de R$ 7.500; hoje, eles ganham R$ 2.215
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Médicos da rede municipal
de Ribeirão Preto ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir do próximo
mês caso a prefeita Dárcy Vera
(DEM) não dê um aumento diferenciado à categoria. Os profissionais querem salário-base
de R$ 7.500 e os dentistas, que
pleiteiam o mesmo piso, também podem parar.
Atualmente, o menor valor
de salário-base dos médicos e
dentistas, para jornada de 20
horas semanais, é de R$ 2.215.
Os profissionais ganham bônus
de 25% quando cumprem meta
de produtividade.
"Está todo mundo indignado,
exceto meia dúzia de médicos
que fazem muita hora extra e
acabam ganhando bem", afirmou o presidente Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) em Ribeirão Preto, Marco
Aurélio de Almeida.
Ao todo, trabalham na rede
municipal cerca de 650 médicos e 230 dentistas. A greve pode acontecer em meio ao pico
da epidemia de dengue já enfrentada pela cidade -até ontem, eram 2.648 casos.
Amanhã, o pedido será discutido entre representantes do
Simesp, do Sindicato dos
Odontologistas e da Secretaria
da Saúde de Ribeirão. Outras
duas reuniões vão acontecer
até o dia 30 de março.
Questionada pela Folha, a
secretária da Saúde, Carla Palhares, afirmou que estuda formas de atender o pedido e avalia qual será o impacto financeiro de um possível aumento.
Desde a gestão anterior, a pasta
tem dificuldades para contratar médicos, que reclamam do
salário. Para o concurso aberto
no início de 2009 havia 60 vagas, mas só 20 se inscreveram.
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