Ribeirão Preto, Sábado, 09 de Maio de 2009

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PMs são presos acusados por 2 mortes em Porto Ferreira

Uma das acusações está ligada à morte do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho em 2007

Os advogados dos PMs não quiseram comentar o assunto; as investigações que levaram às prisões estão sob segredo de Justiça


JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Três policiais militares foram presos ontem acusados de serem responsáveis por pelo menos dois homicídios. Os crimes pelos quais são acusados foram cometidos em Porto Ferreira, em 2007.
As investigações que levaram às prisões dos três policiais estão sob segredo de Justiça e, por isso, tanto os nomes dos acusados quanto os crimes pelos quais estão sendo acusados não foram revelados.
Segundo apurou a Folha, uma das acusações está relacionada ao assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho. Repórter policial, Barbon foi morto em maio de 2007.
Ele bebia com amigos em um bar, em Porto Ferreira, quando dois homens chegaram em um moto e o atingiram com dois tiros de espingarda calibre 12. Ele morreu no local.
O outro crime aconteceu três meses antes. A vítima foi Pedro Augusto Nascimento, 25, que morreu no hospital após ser atingido por dois tiros. Assim como na morte de Barbon, os homens que atiraram em Nascimento estavam em cima de uma moto e utilizavam uma espingarda calibre 12.
A perícia identificou que arma utilizada nos dois crimes era exatamente a mesma. Ela pertencia ao comerciante Carlos Alberto da Costa, conhecido como Nego, que continua preso, acusado de envolvimento na morte de Barbon.
Além de Costa, outros quatro policiais já estão presos e esperam julgamento por envolvimento no assassinato de Barbon Filho. Outros chegaram a ser detidos, mas foram soltos por falta de provas. Segundo informações obtidas pela Folha, um dos presos de ontem fazia parte desse grupo que foi solto.
Segundo o delegado Geraldo Souza Filho, que comanda as investigações, há suspeitas de que o mesmo grupo seja responsável por outros homicídios. O delegado afirmou que há provas bem consistentes para o indiciamento dos policias militares, mas não revelou quais são.
Além de prestar depoimento, os acusados passaram por uma sessão de reconhecimento com duas testemunhas. O delegado Souza Filho não confirmou se os três foram reconhecidos pelas testemunhas.
Os acusados foram indiciados por homicídio e levados para o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, onde deveriam fazer exames na noite de ontem, antes de serem conduzidos ao presídio militar Romão Gomes,
Os advogados dos policiais não quiseram fazer comentários sobre o caso.


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