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PMs são presos acusados por 2 mortes em Porto Ferreira
Uma das acusações está ligada à morte do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho em 2007
Os advogados dos PMs não quiseram comentar o assunto; as investigações que levaram às prisões estão sob segredo de Justiça
JEAN DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Três policiais militares foram presos ontem acusados de
serem responsáveis por pelo
menos dois homicídios. Os crimes pelos quais são acusados
foram cometidos em Porto
Ferreira, em 2007.
As investigações que levaram
às prisões dos três policiais estão sob segredo de Justiça e,
por isso, tanto os nomes dos
acusados quanto os crimes pelos quais estão sendo acusados
não foram revelados.
Segundo apurou a Folha,
uma das acusações está relacionada ao assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho. Repórter policial, Barbon
foi morto em maio de 2007.
Ele bebia com amigos em um
bar, em Porto Ferreira, quando
dois homens chegaram em um
moto e o atingiram com dois tiros de espingarda calibre 12.
Ele morreu no local.
O outro crime aconteceu três
meses antes. A vítima foi Pedro
Augusto Nascimento, 25, que
morreu no hospital após ser
atingido por dois tiros. Assim
como na morte de Barbon, os
homens que atiraram em Nascimento estavam em cima de
uma moto e utilizavam uma espingarda calibre 12.
A perícia identificou que arma utilizada nos dois crimes
era exatamente a mesma. Ela
pertencia ao comerciante Carlos Alberto da Costa, conhecido como Nego, que continua
preso, acusado de envolvimento na morte de Barbon.
Além de Costa, outros quatro
policiais já estão presos e esperam julgamento por envolvimento no assassinato de Barbon Filho. Outros chegaram a
ser detidos, mas foram soltos
por falta de provas. Segundo
informações obtidas pela Folha, um dos presos de ontem
fazia parte desse grupo que foi
solto.
Segundo o delegado Geraldo
Souza Filho, que comanda as
investigações, há suspeitas de
que o mesmo grupo seja responsável por outros homicídios. O delegado afirmou que
há provas bem consistentes para o indiciamento dos policias
militares, mas não revelou
quais são.
Além de prestar depoimento, os acusados passaram por
uma sessão de reconhecimento
com duas testemunhas. O delegado Souza Filho não confirmou se os três foram reconhecidos pelas testemunhas.
Os acusados foram indiciados por homicídio e levados
para o IML (Instituto Médico
Legal) de São Paulo, onde deveriam fazer exames na noite
de ontem, antes de serem conduzidos ao presídio militar Romão Gomes,
Os advogados dos policiais
não quiseram fazer comentários sobre o caso.
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