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CRISE
Categoria marca início de paralisação para amanhã; servidores públicos também decidiram manter movimento
Médico deve engrossar greve em Ribeirão
da Folha Ribeirão
Sem acordo com a prefeitura, os
médicos da rede municipal de Saúde em Ribeirão Preto decidiram
aderir à greve dos servidores em
assembléia anteontem à noite.
A paralisação dos servidores teve
início na última quinta-feira e sua
continuidade foi aprovada também na noite de anteontem.
Os servidores protestam contra o
parcelamento dos salários, mudança na data de pagamento e suspensão da entrega de vale-transporte e tíquete-alimentação aos
funcionários em licença médica.
Antes da assembléia dos médicos, houve uma reunião entre a categoria, o secretário interino da
Saúde, Celso Lopes, e o chefe da
Casa Civil, Osvaldo Ceoldo.
Na reunião, a prefeitura propôs
pagar as horas extras e as férias em
duas parcelas até o final do mês.
Metade seria pago no dia 21 e o restante, uma semana depois. A proposta não foi aceita.
"A perspectiva é que a greve seja
longa e por isso vamos manter todas as unidades básicas funcionando'", afirmou Marcelo Bigal,
diretor do Sindicato dos Médicos
do Nordeste do Estado.
Na greve realizada em janeiro
deste ano, somente as cinco Unidades Básicas Distritais de Saúde
fizeram atendimento emergencial.
De acordo com o sindicato, a
partir de amanhã, as 35 unidades
permanecerão abertas, mas atenderão apenas as emergências.
De acordo com Lopes, a prefeitura não deverá apresentar nova
proposta para tentar acabar com a
paralisação. "A greve vai se diluir
ou crescer dependendo do comportamento do sindicato."
Segundo ele, não haverá nenhum
esquema de atendimento para tentar contornar a greve.
Os sindicatos dos médicos e dos
servidores devem elaborar um
cronograma de atividades conjuntas de protestos.
Anteontem à noite, a prefeitura
divulgou um comunicado nas
emissoras de televisão conclamando os servidores para o retorno ao
trabalho. Na publicidade, a prefeitura afirmava que a greve foi iniciada sem motivos.
Cortes
Na semana passada, o prefeito
Luiz Roberto Jábali (PSDB) pediu
cópia de projetos que o prefeito de
Campinas, Francisco Amaral
(PPB), enviou à Câmara para cortar gastos com os servidores.
Entre as matérias, está o adicional de insalubridade e periculosidade. Os cortes atingem principalmente os servidores da saúde e
educação. Em Campinas, esses
adicionais representam R$ 45 para
cada funcionário por mês.
De acordo com o prefeito, na terça-feira o Congresso deverá votar
em segunda discussão o capítulo
da reforma administrativa que
prevê medidas para a adequação
dos gastos da folha de pagamento
com a arrecadação.
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