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Banqueiro compra e fecha hotel da Fazenda Pinhal
Fernão Bracher adquiriu a propriedade e decidiu priorizar museu e pesquisas
Hotel funcionava na fazenda havia seis anos; propriedade é tombada parcialmente pelo Iphan por seu valor histórico
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O banqueiro Fernão Bracher,
novo dono da Fazenda Pinhal,
imóvel histórico que deu origem à cidade de São Carlos e
que é parcialmente tombado
pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), fechou o hotel que funcionava em um prédio próximo
à sede havia seis anos.
O local, que já hospedou personalidades do Brasil e do exterior, foi desativado em 31 de dezembro. Segundo o presidente
da Associação Pró-Casa do Pinhal, Francisco de Sá Neto, o
objetivo do novo proprietário é
investir na consolidação de um
museu na fazenda e incrementar as atividades de pesquisa
que já existem no local.
"A desativação foi por causa
da venda. A intenção é investir
mais na parte de museu mesmo, ampliar as atividades de
pesquisa que já temos", disse Sá
Neto. O hotel-fazenda tinha 14
apartamentos de luxo, com decoração e mobiliário de época.
Nenhum deles foi mantido para visitação pública.
A Folha telefonou ontem para a Fazenda Pinhal e pediu para falar com o novo proprietário do imóvel sobre o fechamento do hotel, mas foi informada que ele não falaria com a
imprensa. Sá Neto informou
apenas que Bracher tem vínculo com a família do conde do
Pinhal, ex-dono da fazenda, e
por isso teria interesse em investir mais na preservação do
patrimônio histórico do local.
"Nós já recebemos visitas de
alunos de primeiro e segundo
graus e também pesquisadores
de universidades. A ideia é tornar essas atividades ainda mais
públicas", afirmou Sá Neto.
Atualmente, já há na fazenda
um centro de documentação,
biblioteca, museu arquitetônico e natural -este último foi
mantido para preservar parte
da mata original da época em
que a Pinhal foi erguida, no século 19. A cidade de São Carlos,
que nasceu como povoado de
São Carlos do Pinhal, teve início em terras próximas à fazenda doadas pela família Botelho.
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