DA FOLHA RIBEIRÃO

Para quem passou pela gravidez e não conseguiu sair com a criança do hospital, o Dia das Mães sem o filho é mais um dia de sofrimento. Essa é a realidade de um grupo de mães que acompanha os filhos na UTI neonatal do Hospital das Clínicas. "A gente não fica confortável em casa sabendo que o neném está aqui. A gente dorme, acorda e o dia não chega", disse Andréa Aparecida Souza, 23, mãe de Juliana, de 15 dias.
Prematura, a menina terá que ficar no hospital até conseguir ganhar peso. Atualmente está com 1 quilo. De segunda a sábado, Andréa sai de Pontal para passar o dia ao lado de Juliana. Hoje, Dia das Mães, sem transporte para chegar ao HC, terá que passar o dia longe da filha. "É triste saber que vou ter que passar meu primeiro Dia das Mães sozinha", afirmou.
Bruna Pires Gomes, 24, também não terá a companhia do filho Pedro Henrique, de dois meses hoje. Mas para ela esse não é um problema. "A única coisa difícil é ver o sofrimento dele e não poder fazer nada."
Para E.M.S., 14, o Dia das Mães é o último dia sem a filha em casa. Depois de quatro meses de espera, hoje ela deve deixar o HC. "Não vou passar o Dia das Mães com ela, mas vou levá-la para casa."


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