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"Pente-fino" detecta crianças que têm dificuldade de fala
Projeto em escolas municipais também encontrou
estudantes com problema de audição ou concentração
Prefeitura de Ribeirão vai
firmar um convênio com a
equipe para ampliar o
atendimento a outros
estabelecimentos da rede
DA FOLHA RIBEIRÃO
O projeto-piloto com fonoaudiólogos da USP (Universidade de São Paulo) estendido
a cinco escolas municipais da
região oeste de Ribeirão Preto
detectou crianças com dificuldades de aprendizagem por terem problemas de audição, fala
ou concentração.
As crianças foram encaminhadas para tratamento e dão
sinais de evolução na escola.
Com o sucesso do projeto, o
município agora irá firmar um
convênio com a equipe para
ampliar o atendimento a outras
escolas da rede.
O trabalho, iniciado em
2007, contemplou as escolas
Virgilio Salata, Alfeu Gasparini,
a creche Roberto Taranto e as
pré-escolas Maria Mont Serrat
e Anita Procópio Junqueira.
Foram nas visitas que o excesso de ruído se fez notar e o
grupo decidiu fazer a medição
de decibéis na Virgilio Salata.
Visitas
As fonoaudiólogas visitaram
as salas e fizeram uma triagem
nos estudantes selecionados
pelos professores que apresentavam dificuldades de falar e
ouvir, trocavam letras ao escrever algo ou apresentavam dificuldade de se concentrar.
Também foram observadas
alterações na face e se a criança
tinha rouquidão.
Os alunos com problemas foram encaminhados para tratamento na rede pública. A intervenção permitiu que eles melhorassem o desempenho na
escola e em casa, segundo a docente Luciana Voi Trawitzki.
É o caso de Aline (nome fictício), 9. Aluna da terceira série,
ela tinha dificuldades em escrever e trocava muitas letras. Ela
participou de rodas de leitura,
que estimulavam as crianças a
relacionar o som das palavras à
escrita. "Hoje gosto de escrever. Ler às vezes é mais difícil
porque a gente não entende algumas palavras."
Também os docentes foram
conscientizados a não abusar
da voz e a ingerir água. "Os professores relatam que as crianças estão mais tranquilas, reduziram os gritos e eles mesmos
estão tomando mais cuidado
em beber água", afirmou a pesquisadora Weslania Viviane do
Nascimento, 24.
500 crianças
Desde o segundo semestre de
2007, o projeto atendeu aproximadamente 500 crianças. O
atendimento veio suprir uma
lacuna na rede, já que não existem fonoaudiólogas na Secretaria da Educação de Ribeirão,
apenas na Secretaria da Saúde.
A pasta argumenta, em nota,
que o atendimento à saúde das
crianças é realizado em cooperação com a Secretaria da Saúde. Um exemplo é o mutirão
realizado em fevereiro, de
odontologia e acuidade visual,
em mais de 40 escolas, que
atendeu 12 mil crianças.
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