Ribeirão Preto, Domingo, 10 de Maio de 2009

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Painel Regional

ELIANE SILVA - painelregional@uol.com.br

Voz das grades

"Aqui quem vos fala é a voz dos excluídos e privados da liberdade da unidade de Araraquara." O trecho faz parte de uma carta de três páginas enviada por um detento de Araraquara ao vereador João Faria (PRB). Na carta, ele diz que a falta de manutenção nas celas, de água e de médicos, aliada à proibição de visitas aos finais de semana e ao desprezo com que os presos são tratados, está gerando clima de tensão e sentimento de "rejeição, revolta e ira em toda a população carcerária" e também nos parentes que os visitam. Em 2006, uma rebelião no CDP anexo à penitenciária provocou o confinamento de 1.400 detentos em uma ala onde cabiam 160.



Superlotação. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Araraquara, Roberto Fiore, visitou a penitenciária e relatou que o clima no local é mesmo de tensão. Ele teme que isso possa provocar outra rebelião na unidade. Fiore afirmou que as celas do anexo abrigam o dobro da capacidade de presos.

Outro lado. Por nota, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária disse que não procede a informação de que os detentos ficaram sem receber visitas. Alegando questão de segurança, a secretaria não informou o número de presos ou a capacidade da penitenciária.

Economia. A prefeita Dárcy Vera (DEM), de Ribeirão Preto, afirmou que a única titular de secretaria que não lhe pede dinheiro é Adriana Silva, da Cultura. "Ela faz as coisas acontecerem", disse.

Barrados. Três advogados de credores da rede Gimenes precisaram de mandado judicial para entrar na assembleia que poderia decidir a venda da empresa, na sede administrativa, em Sertãozinho, anteontem.

Juiz. A entrada era liberada só a quem participou da assembleia anterior. O trio só conseguiu entrar uma hora depois, quando conseguiu achar um juiz e obter um mandado de segurança.

Rigor. A Câmara de Ribeirão aprovou na última quinta-feira projeto de Maurílio Romano (PP) que prevê instalar chips nas bombas dos veículos da frota da prefeitura, principalmente para controlar o consumo.

Rigor 2. A proposta não vale para a Câmara porque, segundo o vereador, a proposta precisa partir da Mesa Diretora. Questionada, Dárcy Vera disse que só iria decidir após análise detalhada.


com BRUNA SANIELE, VERIDIANA RIBEIRO e ROBERTO MADUREIRA


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