Saldo de novas firmas tem alta de 4,68% no ano, mas o aumento anterior foi de 11%

2.617 fábricas e lojas novas foram registradas de janeiro a outubro deste ano, enquanto 1.029 deixaram de funcionar

LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Dados da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) sobre empresas abertas e fechadas até outubro mostram que a crise freou o ritmo de novas firmas entre 2008 e 2009, na microrregião de Franca.
Os números revelam que foram abertas 2.617 lojas e fábricas de janeiro a outubro deste ano. Outras 1.029 fecharam as portas, resultando em um saldo de 1.588 novas pessoas jurídicas em atuação.
No mesmo período do ano passado, 1.517 novas empresas se instalaram na região de Franca, o que significa um crescimento de 4,68% neste ano. No período anterior, porém, entre 2007 e 2008, o avanço foi quase três vezes maior: 11,79%, segundo a Acif.
Quando se avalia apenas Franca, o reflexo negativo da crise na abertura de novas firmas neste ano fica ainda mais evidente. Até o mês passado, a cidade ganhou 1.577 empresas, mas 670 fecharam, resultando em saldo positivo de 907. No mesmo período de 2008, o saldo havia sido de 971.
A queda ocorre após um aumento expressivo no total de pessoas jurídicas em Franca entre 2007 e 2008, quando a abertura de fábricas e comércios teve alta de 59,97%.
Para o consultor da Acif, Antônio Vicente Golfeto, embora o avanço de novas empresas seja menor do que no período anterior, o estudo é positivo, pois mostra que o empreendedorismo continua sendo uma alternativa em períodos de crise. "O desemprego é um gatilho do empreendedorismo", disse.
Segundo Golfeto, muitos que ficaram desempregados durante o período mais turbulento da crise decidiram abrir os próprios negócios.
Porém, de acordo com ele, muitas vezes a falta de planejamento colabora para o fechamento precoce da empresa. "Aquele que inicia o próprio negócio pensando apenas em ter um emprego tem possibilidade de sucesso pequena".
Segundo os dados da Acif, a participação do microempreendedor individual, que trabalha por conta própria, tem sido significativa. Das 910 novas firmas de agosto a outubro, 231 pertencem a microempreendedores individuais -25,38% do total.


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