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Laboratório é investigado por sonegação no Estado
Alvo é a Bytamed, de Ribeirão Preto, acusada de sonegação de R$ 3 mi no MS
Durante investigação, promotores descobriram indícios de que a empresa usou mesmo esquema do MS no Estado de SP
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério Público Estadual vai investigar o laboratório BytaMed Medicamentos,
com sede em Ribeirão, por indícios de sonegação de impostos no Estado de São Paulo.
Anteontem, o Gaeco (Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço
do Ministério Público que combate o crime organizado, apontou a Bytamed como base de
um esquema que sonegou R$ 3
milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços) no Mato Grosso do
Sul, com notas fiscais frias.
Na última sexta-feira, promotores do Gaeco do Mato
Grosso do Sul e de Ribeirão
Preto revistaram a sede da empresa, que fica no Jardim Paulista. Foram apreendidos cheques, computadores, disquetes
e documentos.
"Era para ser um apoio ao
pessoal do Mato Grosso do Sul,
mas nas buscas achamos indícios de fraude aqui em São Paulo também. No mesmo dia, consegui mais um mandado de
busca e apreensão e recolhi todas as provas", disse o promotor Flávio Okamoto, do Gaeco
de Ribeirão, um dos responsáveis pelo inquérito.
O material será enviado hoje
para a unidade regional do Ministério da Fazenda em Ribeirão, que vai conduzir a investigação fiscal.
Ainda não há, segundo o promotor, como mensurar o valor
sonegado em São Paulo. Os nomes dos donos do laboratório
não foram divulgados.
A investigação chegou a Ribeirão Preto depois das prisões
de Italo Gonzaga e Aristides
Rodrigues, presos entre dezembro e janeiro em Campo
Grande (MS) e Dourados (MS),
respectivamente.
Segundo o Ministério Público, a BytaMed usava notas em
nome de uma farmácia de fachada, a Planalto Farma, de Ribeirão-que foi lacrada pela Fazenda-, para enviar remédios
para cerca de 30 farmácias no
MS. O Gaeco em Ribeirão acha
que o produto chegava também
a cidades de São Paulo.
Enquanto a investigação não
chega ao final, a BytaMed foi fechada pela Vigilância Sanitária
por mau acondicionamento
dos remédios, que estariam expostos a temperaturas acima
de 40 graus centígrados.
A Folha tentou contato com
a BytaMed, mas os cinco telefones do laboratório, ontem, encontravam-se indisponíveis.
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