Ribeirão Preto, Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

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Laboratório é investigado por sonegação no Estado

Alvo é a Bytamed, de Ribeirão Preto, acusada de sonegação de R$ 3 mi no MS

Durante investigação, promotores descobriram indícios de que a empresa usou mesmo esquema do MS no Estado de SP

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

O Ministério Público Estadual vai investigar o laboratório BytaMed Medicamentos, com sede em Ribeirão, por indícios de sonegação de impostos no Estado de São Paulo.
Anteontem, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do Ministério Público que combate o crime organizado, apontou a Bytamed como base de um esquema que sonegou R$ 3 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Mato Grosso do Sul, com notas fiscais frias.
Na última sexta-feira, promotores do Gaeco do Mato Grosso do Sul e de Ribeirão Preto revistaram a sede da empresa, que fica no Jardim Paulista. Foram apreendidos cheques, computadores, disquetes e documentos.
"Era para ser um apoio ao pessoal do Mato Grosso do Sul, mas nas buscas achamos indícios de fraude aqui em São Paulo também. No mesmo dia, consegui mais um mandado de busca e apreensão e recolhi todas as provas", disse o promotor Flávio Okamoto, do Gaeco de Ribeirão, um dos responsáveis pelo inquérito.
O material será enviado hoje para a unidade regional do Ministério da Fazenda em Ribeirão, que vai conduzir a investigação fiscal.
Ainda não há, segundo o promotor, como mensurar o valor sonegado em São Paulo. Os nomes dos donos do laboratório não foram divulgados.
A investigação chegou a Ribeirão Preto depois das prisões de Italo Gonzaga e Aristides Rodrigues, presos entre dezembro e janeiro em Campo Grande (MS) e Dourados (MS), respectivamente.
Segundo o Ministério Público, a BytaMed usava notas em nome de uma farmácia de fachada, a Planalto Farma, de Ribeirão-que foi lacrada pela Fazenda-, para enviar remédios para cerca de 30 farmácias no MS. O Gaeco em Ribeirão acha que o produto chegava também a cidades de São Paulo.
Enquanto a investigação não chega ao final, a BytaMed foi fechada pela Vigilância Sanitária por mau acondicionamento dos remédios, que estariam expostos a temperaturas acima de 40 graus centígrados.
A Folha tentou contato com a BytaMed, mas os cinco telefones do laboratório, ontem, encontravam-se indisponíveis.


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