Ribeirão Preto, Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011 |
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Ribeirão confirma a 1ª morte por dengue em 2011 Vítima é uma auxiliar de enfermagem de 36 anos, que morreu no dia 27 Família acusa hospital de negligência e diz que remédios podem ter agravado doença; para unidade, caso foi atípico
JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO Exame do Instituto Adolfo Lutz confirmou que a auxiliar de enfermagem Flávia Patrícia Quirino, 36, foi a primeira a morrer por causa da dengue em 2011 em Ribeirão. O caso de Flávia pode configurar, ainda, a primeira morte registrada no Estado neste ano pela doença. Procurada ontem, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que só hoje poderia confirmar a informação. De acordo com o secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, ainda falta o Adolfo Lutz classificar se a morte foi provocada pela dengue hemorrágica ou a forma clássica da doença. "O que se pode dizer até agora é que o exame confirmatório deu positivo. Mas há ainda toda a análise da evolução clínica, dos exames laboratoriais, que isso é que configura [se foi dengue hemorrágica]", afirmou. Miranda disse que a secretaria já trabalhava com "90% de chance de que seria dengue", porque um exame em laboratório não-credenciado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) deu positivo. Flávia morreu no último dia 27, depois de passar por atendimento na emergência da Unimed 24h, no Hospital São Paulo. A mãe de Flávia, a também auxiliar de enfermagem Neusa Quirino, 53, disse que pretende processar a unidade por negligência. Segundo ela, se o diagnóstico para dengue tivesse sido correto logo no início, a filha não teria recebido tantos remédios que podem ter agravado a doença. "Eu preferia que fosse uma doença comum, não dengue. Isso significa que eu mesma dei os remédios para ela, que posso ter matado a minha filha". Flávia era casada e tinha filhos de 17, 9 e 2 anos. Flávia, segundo a mãe, passou por três atendimentos desde 23 de janeiro e em nenhum momento o diagnóstico foi correto. O diretor-clínico da Unimed 24h, Roberto Nakao, rebateu as acusações. Disse que desde o primeiro atendimento foi levantada a hipótese de que poderia se tratar de dengue. O protocolo de atendimento para dengue da Vigilância Epidemiológica foi seguido, segundo Nakao, com coleta de sangue, exame clínico e outros específicos. Na avaliação de Nakao, uma das explicações é que o caso de Flávia foi atípico, tanto na evolução quanto nos tipos de sintomas. "Ela só falava de dor de cabeça e que já durava uma semana. Ela passou por três neurologistas", disse. Ainda segundo o médico, os remédios ministrados não poderiam ter agravado um caso de dengue. Texto Anterior: Painel Regional Próximo Texto: Nova gestão quer portaria na UBDS Central Índice | Comunicar Erros |
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