Ribeirão Preto, Domingo, 11 de Setembro de 2011

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'Febre' do MMA faz Ribeirão exportar professores de jiu-jitsu para a China

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Com a febre do MMA (artes marciais mistas), cujas lutas são transmitidas pela TV, o jiu-jitsu brasileiro conquistou adeptos no mundo, inclusive na China. Dois ribeirão-pretanos integram a recente safra exportada de professores do brazilian jiu-jitsu.
Professor da arte marcial desde 1999, Rhuando Cavalcante Brandão, 32, conhecido como Ligeirinho, embarcou para a China na última quinta com Cauan Moreno Cardoso, 22, que pratica jiu-jitsu há nove anos e dá aulas de boxe e MMA.
Os dois têm a missão de ministrar as aulas de brazilian jiu-jitsu em uma academia de Xian, no centro da China, que se destacou pelas escavações onde foram achados os famosos guerreiros de terracota.
Dar aulas em terras orientais, acostumadas com as artes marciais, é tanto vantagem como desafio, afirma Brandão. "Como o kung fu é tradição na China, imagino que praticantes de outras artes vão querer confrontar as técnicas. Vai ser bom."
Um ponto positivo de levar um esporte desconhecido, diz ele, é justamente a inexperiência dos alunos. "Fica mais fácil de treinar sem vícios".
Brandão deve permanecer por dois meses em Xian para estruturar as aulas, que continuarão a ser ministradas por Cardoso.

MADE IN BRAZIL
Não há uma estimativa precisa, mas existem pelo menos 400 mestres do chamado brazilian jiu-jitsu em academias no exterior, segundo Carlos Robson Gracie, 65, presidente da Federação de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro.
Ele é filho de Carlos Gracie, que, da família, é o maior responsável por aperfeiçoar o jiu-jitsu que chegou ao Brasil no início do século 20.
Entre os 400 professores no exterior, ele estima que ao menos 40 estão na China. Primo de Robson, Rolker Gracie, 47, mestre no Rio e praticante de jiu-jitsu desde os seis anos de idade, diz que a tendência é que mais brasileiros ensinem a arte "made in Brazil" no exterior.
"O brasileiro precisa aproveitar, trabalhar com a arte que ele sabe administrar."


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